MENU

Abrasel pede celeridade na tomada da decisão sobre o horário de verão diante do cenário de seca

Associação ressalta que a medida, simples e de baixo custo, ajuda a reduzir riscos, economizar energia e movimentar a economia

LUCAS COSTA
22/09/2025 10h22 - Atualizado há 7 horas
Abrasel pede celeridade na tomada da decisão sobre o horário de verão diante do cenário de seca
Foto: Jay Moon

Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) apontam que as principais bacias hidrográficas do país, como Paraná, São Francisco e Tocantins, têm enfrentado secas severas há dez anos. Um dos fatores responsáveis pelo problema é o agravamento da crise climática, que também acende outro alerta: a possível limitação do modelo de previsão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que não considera as mudanças no meio ambiente e pode subestimar os riscos de sobrecarga no sistema elétrico.

 

Além disso, dados do Monitor da Seca (ANA) divulgados neste mês, registraram o agravamento da seca em diversas áreas, incluindo sul de São Paulo, oeste e norte de Minas Gerais, norte do Paraná, leste do Acre e sudeste do Pará, em um fenômeno que compromete a agricultura, aumenta a demanda por irrigação e pressiona ainda mais o uso da água para geração de energia.  

 

Diante desse cenário, a Abrasel volta a reforçar a necessidade do governo federal em rever a suspensão do horário de verão, que surge como solução prática e de baixo custo para mitigar esses impactos. A medida, além de reduzir o risco de apagões, também tende a movimentar a economia, tanto nos bares e restaurantes quanto no comércio em geral.

 

“O horário de verão vigorou no Brasil por 34 anos, e foi uma medida extremamente exitosa. Ele ajudou a economizar energia, reduziu riscos sistêmicos e favoreceu o setor de comércio e serviços, especialmente bares e restaurantes. Este ano, o risco é ainda maior. O ONS aponta que a chance de interrupção do fornecimento subiu de 10% para 30% entre 2026 e 2027, o que seria inaceitável”, comenta Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

 

Ele também reitera que a falta de celeridade por parte do governo na discussão sobre um possível retorno da medida é outro ponto que merece atenção: a demora em emitir um parecer torna a situação ainda mais crítica.  

 

“Quando vigorou o horário de verão, observamos que entre 18h e 21h o faturamento do setor de bares e restaurantes chegava a crescer, ajudando a recuperar parte das perdas da pandemia. O setor de varejo também se beneficiava, com grandes redes relatando aumento de 3%, 4% ou até 5% nas vendas, isso sem falar na movimentação no setor turístico. Portanto, esperamos uma decisão rápida, para que toda a população se planeje e a sociedade possa aproveitar ao máximo os benefícios dessa medida”, explica.

 

Segundo a Abrasel, com mais luz natural no período entre o fim da tarde e as 21h, o horário de verão ajuda a reduzir o consumo de energia nos horários de pico, evitando o acionamento de termelétricas mais caras e poluentes. Além disso, beneficia bares, restaurantes e comércio em geral, aumentando o movimento e potencialmente elevando em 10% a 15% o faturamento mensal dos estabelecimentos.


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Lucas Rosa Costa
[email protected]


Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://agitomax.com.br/.