O The Noite desta quinta-feira, 19 de junho, promete fortes emoções e muitas risadas. Danilo Gentili recebe dois gigantes do humor brasileiro: Carlos Alberto de Nóbrega e Maurício Manfrini, o eterno Paulinho Gogó.
O programa começa com uma divertida interação com o personagem mais famoso de Manfrini. Na sequência, já descaracterizado, ele tem uma conversa franca e nostálgica ao lado de Carlos Alberto. Após cinco anos longe de A Praça é Nossa, o humorista voltou a atração em 2025, e conta todos os detalhes dessa retomada, desde a decisão até a emocionante reaproximação com o amigo e mentor.
“Fiquei ausente por cinco anos e voltei agora, no início do ano”, explica. “Saí em 2020. Tinha feito ‘Os Farofeiros’ em 2017, que foi lançado em 2018, e aí começaram a surgir propostas para fazer outros filmes.”
A saída aconteceu em meio à pandemia. “Foi bem difícil. Somos muito amigos. Eu estava no sítio com a minha esposa, e ele ligou para falar com ela, dizendo que tinha uma proposta, mas estava com medo… Só que ele estava no viva-voz. E eu falava: ‘Pede para ele me ligar’. Mas ele não ligava. Então eu decidi ligar”, conta Carlos Alberto.
“Estava muito apreensivo, porque A Praça é Nossa foi um divisor de águas na minha carreira, assim como a Escolinha do Professor Raimundo, a Rádio Tupi no Rio de Janeiro, os shows que eu faço, o Sérgio Said que é meu produtor… Começaram a acontecer muitas coisas. Quando pensei em falar com ele, tínhamos acabado de voltar de férias e não queria tocar nisso em dia de gravação. Não sabia como ele iria reagir. Fomos para casa, veio a pandemia… E essas coisas não se falam por telefone”, explica Manfrini.
“Comecei a ficar desesperado. Meu contrato estava acabando e, se eu não comunicasse, seria renovado automaticamente… Fiquei sabendo que ele estava chateado porque não estava gravando, então liguei para a Renata e ela disse: ‘Poxa, ele vai ficar muito triste. Não vai ficar chateado porque gosta de você, mas vai ficar triste’. Aí eu pedi para ela não contar nada, que eu mesmo falaria com ele.”
“Quando desliguei o telefone com ela, ele me ligou e eu não atendi. Pensei: ‘Ela contou para ele’. Aí ele me mandou um áudio de cinco minutos. Quando ouvi, comecei a chorar, porque foi uma das bênçãos mais generosas que já recebi. Ele disse: ‘Vai. Aproveita a oportunidade, porque às vezes o trem passa só uma vez'”, completa.
Mesmo com a distância, a amizade entre os dois nunca esfriou. Carlos Alberto participou de filmes estrelados por Paulinho Gogó, enquanto Manfrini esteve no podcast comandado por Carlos Alberto. Até por isso, a reaproximação veio de forma natural e carregada de emoção.
“Sentia muita falta do elenco, da produção, dos colegas aqui do SBT. Me chamaram para dar um depoimento no documentário sobre o Carlos Alberto, e eu vim de carro para o SBT. Quando parei na portaria, os seguranças me abraçaram, e aquilo me emocionou. Aí comecei a entender que era hora de buscar uma reaproximação. Estava sentindo falta. Em todos os lugares me trataram super bem, mas eu sentia falta de estar no banco do Carlos Alberto”, ressalta.
Durante o bate-papo, Carlos Alberto de Nóbrega também vai comentar das emocionantes homenagens que recebeu no Troféu Imprensa e no Domingão com Huck.
“O Troféu Imprensa mexeu muito comigo, porque eu realmente não esperava. Fui convidado para acompanhar a entrega dos prêmios… Quando vi o banco da Praça, eu tremia. Foi muita emoção. Não foi um troféu por um trabalho específico, mas por uma vida inteira. Isso foi muito importante e me marcou profundamente.”
“Na Globo, eu já estava preparado. Mas lá eles pegaram pesado, foi muito forte”, finaliza.