Dr. Carlos Conte é cirurgião plástico e seu profissionalismo é sempre realizado com muito cuidado e apreço pelas novas tecnologias avançadas no cuidado com seus pacientes. O tema do encapsulamento do silicone atinge em até 20% dos pacientes de uma clínica. O que configura uma escala de preocupação e exige cuidados profissionais. Quando o paciente identifica que algo não vai bem com sua prótese, a primeira atitude, segundo o Dr. Carlos Conte, é procurar o seu cirurgião e providenciar os exames necessários.
Também chamado de contratura capsular, os exames que auxiliam nesses casos é o de imagens, como o ultrassom e também uma ressonância magnética. Não há um prazo determinado para que o encapsulamento aconteça, alguns casos podem demorar anos, pois, cada organismo tem seu tipo de reação específico. Dr. Carlos Conte nos esclarece dizendo que há até 4 graus na forma de classificar o encapsulamento. “Conhecido também como a Classificação de Baker, o encapsulamento do silicone pode ser de 1º, 2º, 3º 4º grau”, diz.
“Caso se encontre entre grau 1 e grau 2, é possível dizer se o encapsulamento está dentro dos parâmetros considerados como normais. Nestes casos não é necessário realizar a troca, ou fazer a retirada do implante”, explica Dr. Carlos Conte. Nestes graus é possível identificar que a região do implante está mais macia – no caso, normal –, ou minimamente firme.
O que não é possível perceber nos outros graus: “já o encapsulamento em grau 3 e grau 4, o cirurgião tratará como rejeição à prótese, e irá realizar a análise clínica solicitando exames para confirmação. Se a rejeição for de fato constatada a única alternativa é realizar outra cirurgia para a retirada da prótese encapsulada e substitui-la por um novo implante”, complemente Dr. Carlos. Nestes graus, o paciente identifica deformidade, inchaço e até dor na região do implante.
Quando a dúvida mais comum é de que se todos aqueles que realizaram esse tipo de procedimento de próteses de silicones estão sujeitas ao encapsulamento, Dr. Carlos Conte esclarece que “o implante nada mais é do que um corpo estranho. Nosso organismo tem mecanismos de defesa que tendem a expulsar o invasor, porém, podem ser mais suaves ou mais agressivos, depende cada pessoa. E, dependendo do grau de encapsulamento, o implante pode sim, ser considerado como rejeição”, conclui.