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Mercado de alimentos em 2025: a ascensão dos produtos mais saudáveis

A indústria nacional tem observado um crescimento da preocupação do consumidor brasileiro com a saúde e da busca por alimentos saudáveis

CRISTINA LINS
12/09/2025 10h57 - Atualizado há 8 horas
Mercado de alimentos em 2025: a ascensão dos produtos mais saudáveis
Imagem de divulgação Ateliê
O mercado alimentício brasileiro em 2025 está sendo transformado por tendências que enfatizam conveniência, saúde e sustentabilidade, sem perder de vista a valorização das tradições regionais. De acordo com a Euromonitor Internacional, o setor cresceu 33% nos últimos cinco anos e a expectativa é de um crescimento de aproximadamente 27% até o fim de 2025.  Segundo Lúcio Torres, vice-presidente da Norac Foods no Brasil, grupo que atua no país com a marca Ateliê, no setor de Grab&Go, afirma que o mercado nacional é gigantesco e oferece muitas oportunidades de crescimento se comparado aos países da Europa, que estão muito mais maduros neste segmento. 

A marca Ateliê atua nesse setor há 12 anos no país e já previa essa tendência no mercado nacional. “Temos em nosso portfólio sanduíches naturais, Wraps, saladas prontas e sucos de frutas. Tudo é feito com vegetais frescos” destaca Lúcio Torres.  Ainda segundo o executivo, a construção da fábrica da marca Ateliê em Ibiúna foi estratégica, pois os produtores locais ficam na região, o que garante que a grande parte dos vegetais cheguem ao consumidor em até 24 horas após colhidos e preparados.

Alimentos Grab&go (termo em inglês que significa "pegar e levar”, referindo-se a um modelo de venda de alimentos prontos e embalados para consumo imediato) estão se tornando mais acessíveis. Desde o ano passado, o setor tem observado o consumidor mais consciente, valorizando não apenas o sabor, mas também a qualidade. As empresas buscam se adaptar e criar produtos para esse público mais exigente, além de descrever as informações nutricionais de maneira mais transparente. “Os brasileiros têm uma rotina agitada e querem se alimentar bem, e observando essa necessidade de alimentos práticos e saudáveis, desenvolvemos uma grande variedade de saladas e sanduíches com fontes de proteínas e fibras” finaliza Torres.

Entre as principais tendências, destacam-se:
  1. Sucos naturais e bebidas funcionais: o mercado de sucos naturais e bebidas funcionais tem crescido rapidamente, impulsionado por consumidores que buscam alternativas saudáveis aos refrigerantes tradicionais. Inovações incluem sabores com frutas brasileiras e até versões mais gaseificadas.
  2. Temperos naturais e teor de sódio mais baixo: com a crescente preocupação com a saúde, há uma demanda por temperos naturais e alternativas ao sal tradicional ou níveis de sódio mais baixo. Misturas de ervas e especiarias regionais valorizam a culinária local e reduzem o consumo de sódio.
  3. Upcycling de alimentos: a prática de reaproveitar partes normalmente descartadas dos alimentos, como cascas e sementes, ganha espaço. Produtos como farinhas de casca de banana e snacks de cascas de vegetais são exemplos dessa tendência.
  4. Superfoods brasileiras: frutas, sementes e raízes nativas, como açaí, camu-camu e castanha-do-pará, são reconhecidas por seus altos valores nutricionais. Esses superalimentos oferecem oportunidades para o desenvolvimento de produtos como barras energéticas e suplementos.
  5. Probióticos e mais fibras: são microrganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, proporcionam diversos benefícios à saúde, principalmente por meio da modulação da microbiota intestinal. Além de alimentos com fonte de fibras, o que é fundamental para a digestão eficiente, fortalecimento do sistema imunológico e prevenção de doenças intestinais.
  6. Adaptógenos: são substâncias naturais, geralmente de origem vegetal, que auxiliam o organismo a lidar com estressores físicos, químicos e biológicos, promovendo o equilíbrio interno. Eles atuam modulando a resposta do corpo ao estresse, melhorando a adaptação e a resistência a condições adversas.
  7. Menos conservantes: os consumidores estão mais atentos aos ingredientes e leem os rótulos para entender quais ingredientes compõem os produtos que consomem. Há um interesse em consumir produtos com menos conservantes e produtos naturais, com mais vegetais, frescos para ter uma dieta mais saudável, com menos ou nenhum conservante.
  8. Sustentabilidade e ingredientes locais: Alimentos à base de plantas, vegetais e ingredientes locais se expandirá. O uso de ingredientes hiperlocais, atendendo ao consumidor consciente sobre consciência ambiental dos alimentos. No Brasil, isso se refletirá no fortalecimento dos produtores locais e na criação de cadeias de valor mais curtas.
  9. Flexibilidade e novas ocasiões de consumo: Refeições a qualquer hora e qualquer lugar, ou seja, a flexibilidade no consumo de alimentos, sem as barreiras de horários ou refeições fixas, será dominante. Além da reinvenção de pratos clássicos ou no formato de lanche serão mais populares.
  10. Consumo de alimentos ricos em proteínas: O consumo de carne, peixe e ovos estão aumentando.  A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que consumo per capita de ovos, por exemplo, deverá crescer 8,5%, alcançando 263 ovos por pessoa ao ano.

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ROSARIA CRISTINA BATISTA DA SILVA LINS DE ALBUQUERQUE
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FONTE: Mapa360
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