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O poder da imagem na política: símbolos, cores e identidade visual

ANA LOPES|AL9 COMUNICAçãO
02/09/2025 19h10 - Atualizado há 1 dia
O poder da imagem na política: símbolos, cores e identidade visual
Foto ilustrativa
Por Ana Lopes e Michel Ribeiro
 
Na política, a mensagem que se transmite vai muito além das palavras. Antes mesmo de um eleitor ouvir um discurso ou ler uma proposta, ele já formou uma impressão — e essa impressão, muitas vezes, é construída pela imagem: os símbolos escolhidos, as cores predominantes e a identidade visual que envolve um candidato ou partido.

A comunicação visual é um dos pilares da persuasão política. Ela atua em um nível rápido e inconsciente, conectando-se às emoções e memórias do eleitor, reforçando narrativas e posicionamentos. Em tempos de campanhas digitais, onde a disputa pela atenção é intensa, uma identidade visual coerente pode ser tão determinante quanto uma boa estratégia de marketing.


Símbolos: mais que desenhos, mensagens codificadas
Símbolos têm o poder de condensar ideias complexas em formas simples e de fácil reconhecimento. Bandeiras, logotipos, ícones e até gestos feitos pelo candidato podem se tornar marcas registradas.
Na política, símbolos carregam história, pertencimento e valores. Um exemplo é o uso da estrela vermelha em partidos de esquerda, ou da bandeira nacional em movimentos de viés patriótico. Eles funcionam como um atalho mental: basta um olhar para que o eleitor associe imediatamente a marca a um conjunto de ideais.

Cores: a psicologia por trás da escolha
As cores não são escolhidas ao acaso. Cada tonalidade desperta sensações específicas e influencia percepções:
  • Vermelho: energia, urgência, paixão, luta.
  • Azul: confiança, estabilidade, serenidade.
  • Verde: esperança, renovação, ligação com causas ambientais.
  • Amarelo: otimismo, alegria, proximidade com o público.
  • Preto e branco: sobriedade, tradição, clareza.
Na política, a cor escolhida para uma campanha precisa refletir o posicionamento e a mensagem central. Além disso, a consistência no uso das cores fortalece o reconhecimento e a lembrança do eleitor.

Identidade visual: a coerência que gera confiança
Mais do que um logo ou um conjunto de cores, a identidade visual é o pacote completo de elementos gráficos que representam um político ou partido: tipografia, fotografias, enquadramentos, padrões e até o estilo dos vídeos.
Quando bem construída, ela:
  • Cria uniformidade na comunicação.
  • Facilita a memorização pelo eleitor.
  • Transmite profissionalismo e credibilidade.
Uma identidade visual fragmentada, por outro lado, pode confundir o público e enfraquecer a mensagem.
 
Imagem e narrativa: uma dupla inseparável
A força de uma identidade visual está em dialogar com a narrativa política. Não basta ter um logo bonito ou fotos bem produzidas: é preciso que cada elemento esteja alinhado ao discurso e aos valores defendidos.

Se um candidato defende inovação e futuro, mas utiliza visual antiquado, há um choque de percepção. Da mesma forma, quem defende proximidade e simplicidade deve refletir isso em imagens mais humanas e menos engessadas.

Pensar visualmente é pensar estrategicamente
Na política, a imagem não é apenas um detalhe estético: é um instrumento de persuasão. Símbolos, cores e identidade visual atuam como mensagens silenciosas, capazes de conquistar ou repelir eleitores.

Compreender o poder desses elementos e integrá-los de forma inteligente à comunicação é um passo essencial para qualquer estratégia política eficaz.
Em um cenário onde a atenção é disputada segundo a segundo, quem domina o poder da imagem conquista mais do que votos — conquista presença e memória na mente do eleitor.

Ana Lopes é jornalista - formada em Comunicação Social, Pós Graduada em Políticas Públicas e em Ciência Política, sócia da AL9 Comunicação
Michel Ribeiro é fotojornalista, cinegrafista e designer gráfico – com formação em Rádio e TV, sócio da AL9 Comunicação

Fonte: AL9 Comunicação



 

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ANA MARIA DE SOUZA LOPES
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