Atualmente, falar sobre marketing sem considerar o papel do branding é como construir uma casa sobre areia. Se o marketing representa a força que leva a mensagem de uma empresa ao mercado, o branding é a estrutura que sustenta essa mensagem ao longo do tempo. É ele que torna uma marca reconhecida, desejada e escolhida.
Esses dois pilares caminham lado a lado e têm o poder de moldar a percepção do público e gerar confiança genuína. Mais do que promover produtos ou conquistar vendas imediatas, trata-se de construir uma marca com a qual as pessoas se identifiquem, respeitem e queiram se conectar, de fato, à sua história e propósito.
Em setores tradicionais, como o de transporte, esse desafio é ainda mais complexo. Não basta ser visto, é preciso ser confiável. Empresas desse segmento não vendem apenas produtos ou serviços: elas investem em relações duradouras, com parceiros capazes de garantir desempenho, segurança e continuidade operacional. Por isso, nesse contexto, a confiança deixa de ser um diferencial competitivo e passa a ser um verdadeiro critério de seleção. Ela se torna a base sobre a qual tudo é construído, desde a primeira reunião até anos de parceria. E confiança, vale lembrar, não é algo que se adquire do dia para a noite, ela se conquista, passo a passo, com entrega consistente, postura ética e compromisso real com o sucesso do cliente.
Quando uma marca entrega o que promete, comunica-se com clareza e age com transparência, ela estabelece vínculos que transcendem o racional e alcançam o emocional dos clientes. Não por acaso, 86% dos consumidores afirmam considerar a autenticidade um fator decisivo na hora da compra, e 90% permanecem fiéis a marcas que demonstram transparência, segundo levantamento da Zippia.
A percepção que o cliente tem da marca é um ativo concreto, com impacto direto nas vendas e no crescimento do negócio. Empresas bem posicionadas vendem mais, conquistam a lealdade do consumidor com maior facilidade e enfrentam menos pressão por preço. Por outro lado, marcas que falham em comunicar seus valores de maneira consistente acabam competindo apenas por custo, sendo isso um caminho arriscado e insustentável.
Alinhar os valores da marca com os do cliente não é apenas relevante: é estratégico. Quando a marca reflete princípios que o consumidor compartilha, ela deixa de ser apenas uma fornecedora e passa a ocupar um espaço simbólico, tornando-se parte daquilo que ele acredita e defende.
Mas como construir essa confiança em mercados tradicionalmente mais resistentes à mudança? A resposta está em ações consistentes, ainda que simples, como:
É fundamental lembrar que a confiança é um ativo sensível. Uma promessa não cumprida, uma comunicação desalinhada ou uma atitude incoerente podem comprometer anos de trabalho. Quando a confiança é abalada, o impacto ultrapassa a perda de clientes: afeta a reputação, enfraquece a competitividade e abre espaço para concorrentes mais preparados.
Em um mercado no qual a credibilidade é determinante para a tomada de decisão, branding e marketing não devem ser tratados apenas como estratégias. Eles são compromissos diários com a construção de valor real. Afinal, no fim do dia, ou a sua marca inspira confiança — ou será apenas mais uma entre tantas que ficaram pelo caminho.
*Minibio do porta-voz
Junior Sturmer é Head de Marketing da TruckPag, startup de meios de pagamento que há seis anos vem transformando a gestão de frotas pesadas no Brasil. Junior está à frente de um time multidisciplinar, liderando estratégias que conectam branding, performance, eventos e cultura, gerando valor para o negócio e fortalecendo a identidade da marca. O executivo é formado em Publicidade e Propaganda pelo Centro FAG e acumula especializações complementares em marketing, branding e growth por instituições como ESPM, G4 Educação e Space EDU. Com mais de 10 anos de experiência no setor, conecta marketing estratégico, análise de mercado e design, e é reconhecido como um profissional que conecta criatividade, dados e resultados.
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LUCIANA RODRIGUES VALENTIN
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