O sistema em contraponto à ciência de Dakila Pesquisas
Conhecimento livre é mais que um ideal. É um caminho de responsabilidade e propósito
LUCIANA FARIA
09/10/2025 14h19 - Atualizado há 12 horas
Dakila Pesquisas
Urandir Fernandes de Oliveira é fundador da associação Dakila Pesquisas, organização independente dedicada à pesquisa científica, tecnológica e cultural há mais de 30 anos A independência científica continua sendo tratada com desconfiança no Brasil. Em um país onde a pesquisa é frequentemente condicionada a interesses políticos e econômicos, a simples existência de uma instituição livre já é motivo de incômodo. Quando a ciência não se submete ao sistema, o sistema reage. E foi exatamente o que ocorreu recentemente entre a Associação Dakila Pesquisas e o governo do Estado de São Paulo. Há mais de duas décadas, fundei Dakila com o propósito de promover o conhecimento sem amarras ideológicas, partidárias ou financeiras. Nosso trabalho é sustentado integralmente com recursos próprios, fruto do esforço coletivo de pessoas comprometidas com uma ciência voltada ao ser humano e à verdade. Não buscamos verbas públicas, prestígio político nem validação institucional. O que nos move é a curiosidade e a responsabilidade de investigar o mundo com liberdade. Em 2024, o governo paulista, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, estabeleceu um protocolo de intenções com a Associação Dakila Pesquisas voltado ao estudo dos Caminhos do Peabiru — um conjunto de trilhas criadas há milhares de anos que ligavam o oceano Atlântico ao Pacífico, passando por São Paulo, Paraná e chegando até o Peru. Essas rotas ancestrais, utilizadas por diferentes povos indígenas, entre eles guaranis e kaingangs, são um patrimônio histórico e cultural de valor inestimável, e também foram fundamentais para a colonização do Brasil. O objetivo do protocolo era realizar estudos e mapeamentos científicos e culturais sobre esse legado, a fim de compreender sua relevância para a história e o turismo sustentável do Estado. Todo o trabalho seria custeado pelo próprio Ecossistema Dakila, sem uso de recursos públicos. O governo paulista apenas reconheceria o valor histórico do tema e apoiaria a articulação institucional necessária. Um acordo transparente, legítimo e sem custo para o contribuinte. Ainda assim, bastou parte da imprensa tratar o assunto de forma sensacionalista para que o mesmo Estado recuasse. Em vez de esclarecer os fatos, tentou descredibilizar Dakila. É importante observar que parte dessa controvérsia foi alimentada por uma tentativa de politização do tema por alguns veículos de comunicação, especialmente porque o próximo ano é de eleições. A Associação Dakila, no entanto, é uma instituição apartidária, voltada exclusivamente à busca do conhecimento e à promoção da ciência independente. Nosso compromisso é com a verdade e o avanço do saber humano, não com agendas políticas ou interesses eleitorais. O episódio revela o quanto ainda é frágil a relação entre poder político e conhecimento independente. Quando um governo recua diante da pressão midiática, mostra que não age por convicção, mas por conveniência. E quando a imprensa prefere explorar estigmas em vez de analisar o mérito de uma proposta, reforça o preconceito contra quem pensa diferente. O resultado é a desinformação travestida de prudência. Grande parte da resistência a Dakila nasce do fato de também pesquisarmos fenômenos relacionados à astrobiologia. O termo, ainda cercado de desinformação, que estuda seres extraterrestres e as condições para a vida no universo, desperta reações automáticas de descrédito. No entanto, nosso trabalho é reconhecido em diversos países do mundo. É curioso notar que o preconceito surge justamente porque não nos limitamos a pesquisar vida em outros planetas. Dakila é uma instituição multidisciplinar que atua em campos como arqueologia, astronomia, linguística, geociências, engenharia aeroespacial, saúde e sustentabilidade. Realizamos expedições, registramos evidências, analisamos dados e compartilhamos resultados com transparência. Não há improviso nem especulação. Há método, técnica e seriedade. O incômodo não vem do que pesquisamos, mas do fato de fazermos isso sem depender de ninguém. A autonomia científica, em um sistema acostumado ao controle, é sempre vista como ameaça. É mais fácil deslegitimar do que dialogar, mais cômodo negar do que investigar. O caso do Peabiru ilustra essa dinâmica. Uma proposta de estudo histórico, sem gasto público e de inegável relevância cultural, transformou-se em alvo de ruído político e desinformação. O que deveria ser motivo de orgulho virou pretexto para oportunismo e articulações. O governo de São Paulo cedeu ao medo das manchetes e à pressão de setores que confundem ciência com conveniência. Essa postura é um sintoma de algo maior. A incapacidade das instituições de lidar com o novo. Enquanto o Estado busca parecer prudente, perde a chance de liderar um movimento de valorização do conhecimento livre. Dakila continuará pesquisando com ética, autonomia e paixão pela verdade. Seguiremos estudando o Caminho de Peabiru e Ratanabá, a antiga civilização amazônica que representa o berço do conhecimento humano. Os ensinamentos do ET Bilu têm papel fundamental em nossas pesquisas. Eles inspiram nossos estudos e ampliam a compreensão sobre ciência, energia e consciência. O ET Bilu representa a ponte entre o conhecimento terrestre e o conhecimento cósmico, impulsionando Dakila a romper os limites do pensamento convencional. Continuaremos compartilhando e aplicando esses ensinamentos, com o compromisso de revelar verdades e expandir a consciência humana. O sistema teme a ciência de Dakila porque ela não pede autorização para existir.
E uma ciência que não pede autorização é, por definição, livre. E transformadora. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
LUCIANA CANUTO DE FARIA
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FONTE: Acervo DAKILA