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Do chão de fábrica à indústria 5.0. Os bastidores da IA nas linhas de produção

*Por Michael Lopes

KAROL ROMAGNOLI
15/09/2025 10h27 - Atualizado há 3 horas
Do chão de fábrica à indústria 5.0. Os bastidores da IA nas linhas de produção
Banco de Imagens
Quando entrei na engenharia de automação, há mais de 10 anos, o cenário industrial era dominado por processos manuais, planilhas e decisões baseadas na experiência de operadores. A ideia de uma fábrica inteligente parecia distante. Hoje, com a chegada da indústria 5.0, a realidade mudou completamente. A inteligência artificial monitora cada etapa da produção, antecipa falhas e integra humanos e máquinas em colaboração contínua.

Nos projetos que desenvolvi para empresas como Tesla, GM e Ford, percebi que a IA não substitui o profissional. Ela potencializa decisões, sugere ajustes em tempo real e reduz desperdícios. Sensores inteligentes identificam padrões invisíveis à percepção humana, enquanto algoritmos otimizam consumo de energia e ciclos produtivos. Mais do que automatizar, criamos um ecossistema de informações compartilhadas, onde máquinas e pessoas trabalham lado a lado.

A indústria 5.0 vai além da automação. Ela permite que cada linha de produção se adapte rapidamente às demandas do mercado sem perder eficiência. Segundo o relatório recente do Fórum Econômico Mundial, mais de 74% das empresas já estão utilizando inteligência artificial (IA) em seus processos. Essa capacidade de adaptação exige integração de dados, aprendizado de máquina e robótica avançada, transformando a produção em um sistema responsivo e sustentável.

Muitas empresas ainda encaram a tecnologia apenas como substituta do trabalho humano. Minha experiência mostra o contrário. O futuro da produção está na colaboração entre homem e máquina. Profissionais bem treinados passam a tomar decisões mais estratégicas, focando em criatividade, manutenção de processos complexos e análise de dados. A tecnologia não elimina talentos, mas amplia seu alcance e impacto.

Estamos apenas no início de uma revolução industrial que vai muito além do chão de fábrica. O que define a competitividade das empresas não é apenas velocidade ou volume, mas a capacidade de transformar dados em decisões estratégicas, melhorar eficiência energética e oferecer produtos personalizados em escala. A indústria 5.0 não é uma promessa, é a realidade que já está moldando as fábricas de amanhã.
 

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KAROLINA CHRISTINA ROMAGNOLI
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