Inscreva-se em nosso canal no YouTube.

Zé Cafofinho leva ao Bona suas varias expressões e estilos sonoros no show de lançamento de “Mal-Dito”, seu novo álbum

Depois de lançar os singles SaaraBacuri 18 Graus – o recifense residente em São Paulo, Zé Cafofinho – alter ego do músico Tiago Andrade, artista intensamente presente na cena musical pernambucana – faz o show de lançamento de MAL-DITO, o segundo álbum de uma trilogia iniciada com Dança da Noite, seu mais conhecido trabalho, em 26 de janeiro, na casa de música paulistana Bona.

Em MAL-DITO, álbum produzido inteiramente em São Paulo, onde reside há quatro anos, o músico traz seu olhar aguçado sobre o atual contexto em que as informações flutuam e são onipresentes, transitando como um grande telefone sem fio. Estas questões são o ponto de partida para as músicas de Cafofinho, que compartilha suas dúvidas e perguntas em uma espécie de diálogo com o público.

O multi-instrumentista Zé Cafofinho – autor de Xirley, música gravada por Gaby Amarantos em seu primeiro álbum solo, de 2012 no qual, ganhou um clipe solo com o próprio artista, gravado ano passado – carrega em sua criação contemporânea variadas expressões e estilos sonoros, utilizando-se de instrumentos diversos como a viola de arco, guitarra tenor e bandolim, e amplia sua rede e conexões para outros cenários com um time especial nas participações.

Na faixa 18 Graus, uma espécie de termômetro que afirma a vivência noturna na cidade de São Paulo, o cantor e compositor Otto emprestou sua voz, além de ter colaborado com música e letra junto com Chiquinho Moreira, coautor de outras faixas e produtor do álbum ao lado de Zé Cafofinho. Em Bacuri, uma colagem dos textos do jornalista pernambucano Bruno Albertim para a exposição Diário das Frutas, da pintora Tereza Costa Rêgo e outra parceria com Chiquinho, o artista retrata a fome da libido, do desejo e do paladar, e traz a cantora Bárbara EugêniaChorume é uma parceria com Fábio Trummer (Banda Eddie), em uma versão do que seria Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, embaixo do Elevado Costa e Silva (Minhocão), lar de muitos moradores de rua na cidade de São Paulo.

A cantora cearense Soledad participa em Saara, faixa assinada pelo artista baseada na obra Em Estado de Choque, do escritor palestino Mohammed Omer, “onde vou escaldando os meus miolos e traçando paralelos sociais das várias faixas de Gaza que vejo pelo caminho”, conta Zé.  Do Ceará também vem outro convidado especial, Vitoriano (Vitoriano e seu Conjunto), compositor de letra e música deSo Long, queaborda a infeliz realidade da exploração sexual infantil que se repete desde a colonização até hoje, por todo o Brasil.

Mantendo sua marca de inovação, Zé Cafofinho trabalha o formato música e artes visuais, apurando seu olhar particular de observador e cronista, fazendo conexão com questões sociais/humanas do cotidiano, que pode ser notado especialmente emFoda-me, criada pelo artista plástico e designer Mozart Fernandes – responsável pela direção de arte, identidade visual e gráfica de todo o projeto – para uma exposição.

Com letras de Zé Cafofinho e parcerias na composição das melodias com Chiquinho Moreira, completam o álbum, e o repertório do show, Sermão, uma homenagem aos poetas malditos e aos vulneráveis nesses tempos sombrios, e Cicatriz, cuja letra partiu de uma história contada pelo cineasta e amigo Lírio Ferreira sobre a investida da onça Cicatriz a um jacaré no Pantanal, que faz paralelos com a vida real e contrapontos das relações humanas com o reino animal.

Zé Cafofinho (voz, sampler, viola de arco, guitarra tenor e bandolim) vem acompanhado por MAU (baixo), Xavier (percussão), Felipe Maia (bateria) e Chiquinho Moreira (teclados e sampler) e, assim como no álbum, Otto e as cantoras Soledad e Barbara Eugênia fazem participações especiais.

Acompanhe todas as notícias do mundo da música, cultura pop, famosos, televisão, entrevistas e muito mais.
  • https://stm16.xcast.com.br:7334/