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Música

Vitor Cunha, CEO da distribuidora Magroove, comenta sobre tendência de músicas aceleradas do mercado atual

Divulgação

Um recente estudo realizado pela empresa global de tecnologia PEX, que rastreia e analisa conteúdo protegido por direitos autorais em serviços digitais, revelou uma preocupante tendência nas plataformas de streaming musical, como Spotify, Apple Music e TIDAL. De acordo com os dados coletados até novembro de 2023, mais de um milhão de faixas foram identificadas como “manipuladas” nessas plataformas, envolvendo práticas como aceleração, desaceleração e outras modificações sem a devida autorização dos detentores dos direitos autorais.

Entre os exemplos encontrados, destacam-se uma versão acelerada de “Bloody Mary”, de Lady Gaga, com 25 milhões de streams, e uma manipulação de “Heartbeat”, de Childish Gambino, que acumulou 19 milhões de streams. A preocupação central é que essas faixas manipuladas não são autorizadas pelos artistas, o que implica no não pagamento de royalties pelos streams gerados.

“Essa é uma tendência mundial que tem afetado diretamente o mercado fonográfico, que visa operar nas vias legais”, comenta Vitor Cunha, CEO e cofundador da Magroove, além de produtor musical e engenheiro de áudio.

Segundo informações da revista NME, essa problemática no cenário musical atraiu a atenção da União Europeia, que apelou por mudanças no setor. A solicitação inclui pagamentos de royalties mais elevados aos artistas e a alocação correta de metadados, que visa aumentar a visibilidade das obras dos artistas nas plataformas.

Para Vitor, o acesso à informação e o estudo constante do mercado podem colaborar com as ações dos artistas ao pensarem em lançar uma música: “Nós orientamos os artistas a não fazer o upload de canções das quais ele não tem o direito, explicamos a diferença entre cover, versões e samples, entre outras dicas. É importante que o artista esteja ciente dessas informações, visto que sua insistência nessas ações também pode acarretar em punições e até mesmo suspensão permanente do perfil do artista nas plataformas.”

Atualmente, a Magroove está presente em 196 países, com mais de 1 milhão de usuários em sua base, entre artistas e fãs de música. Criada pelos brasileiros Vitor Cunha e Fabrício Schiavo, engenheiros de som e mecatrônico, respectivamente, a startup atua como distribuidora que auxilia e democratiza a disponibilização de músicas nas plataformas de streaming. Em 2023, a distribuidora iniciou um serviço exclusivo para o mercado brasileiro, intitulado “Stars”, focado em artistas independentes mais estabelecidos, com atendimento personalizado e um time de estrategistas que vão desenvolver ações para impulsionar os lançamentos. O objetivo da empresa é liderar a revolução da indústria musical no país. 

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