O Cientista Perdido faz mergulho profundo no EP de estreia, “Corpo no Infinito”

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Projeto do cantor e compositor brasiliense Rodrigo Saminêz, O Cientista Perdido reúne suas experimentações em um EP de estreia cheio de novas sonoridades, sem perder o toque pessoal e catártico que se tornaram características marcantes de seus primeiros singles. “Corpo no Infinito” é um convite a uma fuga às avessas, a ignorar o caos lá fora e voltar para si. O álbum chega às principais plataformas acompanhado do novo clipe, “Silêncio Adulto”.

Em “Corpo no Infinito”, O Cientista Perdido evolui a sonoridade que passa pelo indie, lo-fi, rock alternativo e synthpop em lançamentos revelados ao longo de 2019 e 2020. O EP é um compilado de registros em estágios diferentes do mesmo processo: a descoberta de um estado ansioso que, lentamente, consome por completo, construindo uma narrativa que registra a progressão da ansiedade e a busca por tratá-la.

“‘Corpo no Infinito’ é sobre contemplar e fugir do fim do mundo ao mesmo tempo. É sobre juntar o maior número de pessoas possível pra criar um refúgio do mundo lá de fora, mesmo que estejamos o tempo todo olhando fixamente pra ele. É sobre autoproteção, mas também sobre proteção coletiva, sobre uma nudez emocional que ainda nos constrange, mas que cresce, cura e enriquece. No fim das contas, é sobre trazer pra perto o que nos faz bem e reinterpretar, nem que por 20 minutinhos, o apocalipse que acontece dentro e fora da gente”, resume o músico.

Após os riffs dançantes da faixa de abertura “Avesso”, “Silêncio Adulto” traz um groove irresistível. O clipe integra o mesmo contexto do vídeo anterior, “Loop”. Esta, por sua vez, abre o caminho para toda a temática do álbum, permeado por sensações de calmaria seguidas de raiva que a ansiedade traz. O novo clipe, também dirigido por Samuel Alves, consolida essa noção de ciclo.

“‘Silêncio Adulto’ é a dança que se faz ao caos, ao tumulto do temporal. É encarar os medos, listá-los e identificá-los, e dançar ao som deles, botando-os pra fora. Nela, o tom dançante vem pra intencionalmente dar contraste na letra, e mostrar uma maneira saudável de encarar os demônios de uma realidade que não tá fácil pra ninguém. Um exorcismo ansioso moderno, conduzido por uma mistura doida dos beats da Dua Lipa com umas guitarras à la Jonny Greenwood, do Radiohead”, entrega Rodrigo.

A canção é seguida pela climática “Queda-Livre”. Já a segunda metade de “Corpo no Infinito” conta com o primeiro single, “Loop” e a faixa-título.

O EP vem para somar a uma trajetória que já chama atenção no cenário independente. O projeto surgiu em 2018 para dar vazão a experiências sonoras que o artista faz desde a adolescência. Os primeiros gostinhos vieram com os singles “Cientista”, em 2018; “Before”, “Storm” e a compilação “Mångata”, no ano seguinte; e a faixa “Não cabe em você”, de 2020. Agora, O Cientista Perdido solidifica sua sonoridade com o EP de estreia.

Com produção do próprio artista, mixagem de Gustavo Halfeld e masterização de Bruno Giorgi, “Corpo no Infinito” está disponível em todos os serviços de streaming de música.


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