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Bloco do Caos reúne Maneva, Onze:20, Planta & Raiz, Marina Peralta, GOG e banda argentina em novo álbum

O novo álbum da banda paulista Bloco do Caos, “Os muros não sabem escutar”, vem para cravar de vez a força e relevância dessa banda no cenário musical brasileiro e pode ser resumido em uma palavra: mistura. Unindo os mais diversos gêneros, do reggae ao rock, passando pelo maracatu, afrobeat, funk carioca, rap, samba e ijexá, o Bloco traz em 13 faixas uma experiência sonora repleta de reflexão e balanço. O álbum estará disponível no dia 05 de agosto em todos os aplicativos de música.

Para levar essa mensagem e musicalidade com toda a força possível, o Bloco juntou um time de peso. O disco conta com as participações de luxo do Maneva, Onze:20, Planta & Raiz, Marina Peralta, do rapper GOG e da banda argentina Los Cafres. “É uma honra muito grande ter esses nomes gigantes conosco”, comemora Andrew Lee, baterista do grupo, “Isso só mostra o quão importante é nossa mensagem e que temos feito um ótimo, confiável e respeitoso trabalho até aqui. Esses nomes abraçaram a ideia e vieram com tudo!”.

Com letras politicamente engajadas, o álbum é um grande posicionamento. “Pra nós, a arte tem função social”, comenta Alê Cazarotto, vocalista da banda e um dos produtores e compositores do disco, “Ela leva o ouvinte a refletir. Ela não muda o mundo, mas muda as pessoas. Pessoas, sim, mudam o mundo”, completa.

Desde o nome, o trabalho fala alto. Fazendo referência a um verso de uma das canções do disco — “Santo nome”, inspirada em Carlos Drummond de Andrade e lançada ao lado do Planta & Raiz — “Os muros não sabem escutar” é um título de grande simbologia. Os “muros” simbolizam divisão, separação e opressão. Aquilo que nos prende e nos cerca. Estes mesmos muros não escutam, não estão abertos a debate: têm de ser derrubados com ação, com luta. “O nome resume muitos aspectos do álbum para nós”, aponta Renato Frei, guitarrista da banda e um dos produtores e compositores do disco, “Nós não temos interesse em incentivar discurso, queremos incentivar ação”. Além disso, o nome conversa com a ideia de que os “muros” não vão saber escutar o álbum. “A gente tem lado. E esse lado não é o da opressão, do fascismo. Não é o lado desses muros. Essas músicas são pra nós, não pra eles”, afirma Cazarotto.

O título e o conceito do trabalho andam de mãos dadas com a bela arte que estampa a capa, produzida por Alê Cazarotto. De um rádio no centro dos escombros de uma casa, nascem plantas e flores que furam as pedras e paredes de concreto. A mensagem é direta: a música tem o poder de fazer crescer a esperança em meio à destruição. Em meio a um Brasil caótico, governado de forma irresponsável e desatenta ao social e àqueles desprivilegiados, a mensagem que a banda tenta passar é extremamente necessária e extremamente atual.

O disco como um todo deixa explícito um grande desejo de mudança e a importância da luta coletiva como grande força transformadora da sociedade. Isso fica claro em canções como “Algum lugar” — já apresentada ao público — que canta em seu refrão: “Sem dor não haverá vitória”, a inédita “Fúria da chuva”, que faz analogia com a chuva representando o povo e usa do ditado popular “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura” em seu refrão, e a também inédita “Inspiração” – gravada em parceria com o Onze:20 — que traz um refrão que praticamente traduz o álbum: “Inspiração e dança. Libertação, revolução, mudança”.

O Bloco do Caos surgiu no final de 2013 em São Paulo e é conhecido pelo seu show explosivo, cheio de energia e um som bem diversificado e cheio de mensagens fortes. A banda traz na bagagem diversos shows e festivais importantes, tanto pelo Brasil como em Portugal, alguns prêmios relevantes e outras parcerias importantes como Toni Garrido, Tato (Falamansa), Izenzêê (Braza/Forfun) e Big Mountain (USA), que renderam dois EPs e um álbum oficial e fizeram a banda ter milhões de plays e views pela internet. “Os muros não sabem escutar” é o 2º álbum oficial da carreira do Bloco do Caos e vem pra coroar essa nova fase da banda que com seus quase 10 anos de existência segue ativa mostrando que a arte é forma de resistência, de oposição e de afronta aos poderes que tentam discriminar setores da população. Dia 05 de Agosto é dia de acompanhar mais um grande acontecimento na história desse Bloco do Caos que ainda tem muito a falar.

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