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Babu Santana lança seu próprio selo musical

O artista Babu Santana empreende novamente ao estrear nesse
mês de abril o seu próprio selo, a Paizão Records. O projeto vem no intuito de ceder espaço à
uma gama de novos artistas do cenário do rap, funk e trap que durante a pandemia não têm
como montar um estúdio para gravar suas obras e ganhar visibilidade, são artistas que já estão
a algum tempo tentando furar a bolha do mainstream. Para isso, Babu, que é Diretor Artístico,
cedeu o seu home estúdio para alguns profissionais que já estavam há mais de três meses em
isolamento em sua casa, produzindo com ele. O primeiro lançamento será feito nesta terçafeira, com o single “Prioridades Pra Quem?”, no qual tem a participação de Babu Santana, Kowl,
Manu, Mc Estudante e Lacerda.
A ideia do projeto surgiu enquanto Babu, que já faz parte da banda “Babu Santana e os Cabeças
de Água-Viva”, começou a pensar em novos conteúdos para lançar. O beatmaker e produtor
musical Lacerda e o produtor artístico Hugo Grativol estavam envolvidos no projeto. Durante o
ócio criativo da quarentena, eles começaram a criar novos conteúdos independentes em
conjunto e então iniciaram a produção dos primeiros singles do selo, no qual Lacerda e Mc
Estudante participam. O selo não é um projeto social, mas os royalties são divididos igualmente
por todas as partes envolvidas.
O lançamento do mês será o trap “Prioridades Pra Quem?”, no qual virá com um clipe e traz um
desabafo a respeito da situação da pandemia no país. O videoclipe foi dirigido por Babu Santana,
feito também em sua casa com a ajuda das pessoas que moram com ele, diminuindo assim os
riscos ao vírus. Todos foram devidamente testados antes da produção do audiovisual. A
composição da letra é assinada por todos os intérpretes. A Paizão Records já tem cinco músicas
e clipes prontos para serem divulgados. Os lançamentos serão feitos quinzenalmente nas
primeiras três músicas e, após isso, serão lançadas de forma mensal.
Sobre a música, Babu explica de onde veio o tema e a vontade de falar a respeito: “Uma das
coisas que eu sentia falta nesse segmento é a marca não só do protesto, mas o social. Nós
estamos abordando um contexto humano que está acontecendo no mundo inteiro e isso não
pode ser ignorado. Principalmente no trap, que vem do rap que é música de protesto. É a voz da
periferia, a voz da resistência, da juventude. Eu entendo que o papo está um pouco redundante
e dúbio, tem muita gente que ouve e muita gente que não quer saber de nada, isso é um ponto
do porquê não conseguimos comunicar. A gente não precisa fazer uma campanha, não
precisamos comover o mundo, só precisamos dizer o que está no nosso peito. Quando paramos
para falar sobre a música, fiquei muito feliz porque a gente ia mandar uma luz. Todo o nosso
projeto aqui vai preencher os requisitos do segmento e mostrar que tem formas bacanas e
criativas da gente falar da mesma coisa. Aplicar o mundo ao redor”.
O trap, que tem uma forte influência do rap, está em ascensão no país, principalmente nas
periferias. A intenção da Paizão Record é investir no gênero e utilizar o vasto background musical
do Babu para não somente direcionar a carreira dos artistas, mas também não deixar a essência
da música se perder. Como o próprio Babu diz: “O rap dá voz pra quem precisa falar, o rap é
democrático”. Pensando nisso, Babu Santana está envolvido em todos os processos dos
lançamentos que virão a seguir, desde a produção musical até composição das letras e conceitos
do clipe para que as obras levem suas mensagens de uma forma diferente.
Sobre o desafio de uma produção artística em meio a pandemia, Hugo Grativol comenta: “Olha,
nos filmamos mais de três clipes com uma lente só. Filmamos só com o pessoal que está aqui na
casa do Babu, tiveram uma ou duas pessoas de fora. Todo mundo foi fazer teste. A equipe foi
formada por amigos e vizinhos, então uma vizinha que era figurinista, outra que era maquiadora
e o marido dela era dublê… Então a gente tinha tudo ali, só faltava fazer, mas foi um desafio.
Até porque estamos em lockdown, está fechado, conseguimos alguns apoios para a produção de
detalhes do clipe, mas a maioria tivemos que utilizar o que tínhamos na casa mesmo”.
Lacerda, que além de ser produtor musical é também um dos intérpretes do single, fala um
pouco das suas referências na música. Ele traz referências internacionais como Travis Scott,
Drake, e nacionais como o artista Celo1st, que foi quem o apadrinhou e lhe ensinou. “O nosso
primeiro som foi outro lançamento que teremos mais pra frente, mas foi onde deu início ao
projeto. É um som forte. Eu já trabalhava na música antes, mas está sendo uma oportunidade
única. Foi importante para mim estar presente também na música porque vai dar uma ênfase
no meu trabalho”.
A música estará disponível em todas as plataformas de streaming pela ONERPM às 12h junto
com o clipe no YouTube.

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