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Trabalho de fãs ajudou na realização da maior exposição sobre Chaves no mundo

Chaves exposição
Diego Valverde/MIS

Até o dia 30 de março, fãs de “Chaves”, “Chapolin” e outras obras do mexicano Roberto Gómez Bolaños podem conhecer a maior exposição já feita sobre esse universo, no MIS Experience, em São Paulo. “Chaves: A Exposição” começou no dia 5 de janeiro, quando o filho do escritor, Roberto Gómez Fernández, esteve para a inauguração do evento, que tem arrastado multidões ao museu.

A construção da exposição, que envolveu centenas de profissionais de várias áreas, também teve a contribuição de fãs de diversos lugares do país, que se unem via internet pela paixão pelos seriados de “Chespirito”, como Roberto era conhecido.

Várias das informações expostas no MIS foram obtidas graças a uma verdadeira pesquisa “arqueológica” que tem unido fãs há pelo menos um quarto de século, desde que surgiram os primeiros sites e fóruns sobre “Chaves” na internet. “É um esforço de formiguinha, de pessoas que são estudantes, médicos, advogados, jovens, adultos, homens, mulheres, mas que dedicam parte do seu tempo para essa construção coletiva de conhecimento”, diz o jornalista Antonio Felipe Purcino, que frequenta esses sites há mais de 20 anos e é um dos consultores da exposição.

Entre detalhes presentes na exposição, está, por exemplo, a data de estreia do personagem “Chapolin”, descoberta literalmente poucos dias após o herói completar 50 anos. O dia exato foi descoberto na página de um jornal mexicano obtida por um fã daquele país, que a compartilhou nas redes. No caso, a estreia foi em 26 de novembro de 1970.

Outro destaque é para uma seção sobre os “episódios perdidos”, que têm sido alvo de grande pesquisa dos fãs há muitos anos. Dados como o número provável de perdidos — 39 do “Chaves” e 41 do “Chapolin”, que não são mais distribuídos pela Televisa, por razões desconhecidas — foram descobertos com a busca de sinopses em jornais e revistas antigas ou vasculhando vídeos na internet.

Uma recente descoberta foi o perdido “As trapaças da Chiquinha”, do “Chaves”, de 1978, obtido por um fã do Peru com um colecionador. A novidade é mencionada na seção sobre esses episódios. “É um trabalho coletivo, feito na raça, que nos permite ter, cada vez mais, uma dimensão de toda a obra de Chespirito”, celebra o desenvolvedor James Revolti, que administra a Lista CH, guia completo sobre todos os programas de Roberto que está hospedado no Fórum Chaves.

O site participou da consultoria e produção dos textos, além de revisar e orientar sobre cenários, figurinos, audiovisual e outros detalhes. O trabalho teve como consultores o publicitário João Victor Trascastro e o produtor audiovisual Alexandre Cesar, além de Antonio. A exposição teve ainda a colaboração dos colecionadores Cassio Ferreira e Guilherme Leão, que contribuíram com imagens de jornais e revistas que estão em vários ambientes, e dos fãs Guilherme Rodrigues, Jônatas Holanda e Lucas de Brito.

“O Brasil é o país não só com mais fãs de ‘Chaves’, mas ainda tem os fãs mais dedicados a construir esse conhecimento, com pessoas que assistem desde a estreia, há quase 40 anos. A exposição, ao fim, é também a celebração de toda essa comunidade de milhares de brasileiros que ajudam a manter viva a chama da ‘chavesmania’, diz João Victor.

“Chaves: A Exposição” está aberta de terças a domingos, no MIS Experience (Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca), em São Paulo. Os ingressos estão à venda pelo site oficial.

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