Atriz dá vida a Tiger Lily, líder indígena da adaptação, e conta um pouco dos bastidores da produção
Giu Mallen começou na dança aos 11 anos de idade, graças a sua avó, Dona Cidália, que decidiu matricular a neta na nova escola do bairro onde morava, no Rio de Janeiro. A paixão pela dança foi tanta que, logo aos 16, começou a dar aulas e desde então não parou mais. O amor pela arte fez com que a bailarina transformasse sua carreira, tornando- se atriz e cantora. Atualmente, Giu está em cartaz em “Peter Pan – O musical da Broadway”, no Teatro Alfa, em São Paulo. No espetáculo, a atriz dá vida a Tiger Lily, líder da tribo indígena da Terra do Nunca e amiga de Peter (Mateus Ribeiro).
Ela é uma índia guerreira, que faz de tudo para proteger os seus. Depois que viram amigos, ela passa a ver Peter com olhos de admiração e cumplicidade. Ele é para os meninos perdidos o que ela é para os índios. E apesar de ser uma personagem que sabe usar a força quando preciso, no fundo é uma menina doce.
Peter Pan se popularizou graças a clássica animação da Disney, que foi um sucesso mundial. Apesar disso, o espetáculo possui diferenças comparado ao filme, em especial pela relação entre a personagem de Giu e Peter.
‘’No desenho parece rolar um clima entre eles, que deixa até a Wendy com ciúmes. Nessa adaptação esse sentimento é mais de respeito e amizade. Acho que as coreografias também trouxeram uma brasilidade a ela, que não estava presente no filme. Apesar da história ser muito conhecida pela animação, a nossa direção não é pra fazer algo infantil. O lado da brincadeira está mais como uma essência’’ diz.
A escolha para o papel caiu como uma luva na vida da atriz, que conta se identificar bastante com Tiger, principalmente pelo seu papel de liderança e o jeito moleca de ser.
‘’Me acho bem parecida com ela, porque como professora você assume esse papel de líder dentro da sala de aula. Acho que esse jeito meio doidinha também é uma coisa que temos em comum’’ conta.
E mesmo brilhando nos palcos, Giu continua trabalhando nos bastidores. Em “Peter Pan” foi responsável por remontar todas as coreografias da peça, trazendo de volta o lado professora.
‘’Foi a primeira vez que eu atuei nessas duas frentes. Nas primeiras semanas foquei em levantar o espetáculo e deixar as coreografias prontas, com a ajuda do Alonso Barros. Acredito que é preciso ter muita sensibilidade para trabalhar com arte, seja no palco ou nos bastidores. Apesar de serem competências diferentes, estamos fazendo teatro, e o respeito pela arte deve sempre vir em primeiro lugar’’ detalha.
Entre ensinar, dançar, cantar e atuar, o que prevalece sempre é a Giu artista, que ama e respira arte.
‘’Tudo é arte pra mim, mas se eu tivesse que definir seria o lugar onde posso expressar quem eu sou. Quero transmitir emoção, porque é através dos sentimentos que conseguimos nos conectar uns aos outros. Arte é reflexão, e sou uma pessoa que não tem medo de aprender. Tudo o que acontece conosco é pra nossa evolução, e cabe a nós tirarmos proveito dessas lições’’ finaliza.