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Chico Lang recorda carreira no jornalismo ao lado de Danilo Gentili

Um dos mais polêmicos jornalistas esportivos do Brasil, Chico Lang estará no The Noite desta segunda-feira (26). Com uma carreira extensa, fala sobre o início antes de se tornar colunista. “Era redator. O Notícias Populares tinha um jeito diferente de lidar com a notícia. Ali foi uma escola muito importante. A gente pegava boletins de ocorrência que um repórter fotográfico trazia da periferia… e a gente fazia aquilo virar notícia. Sugerimos que a gente fosse no local e começamos a desenvolver um jornalismo muito parecido com o do Nelson Rodrigues, do pessoal do Rio de Janeiro, que romanceava uma história“, conta. Recordando um caso emblemático do NP, o famoso “bebê-diabo”, diz: “o bebê infelizmente nasceu deformado. Coitadinha da criança nasceu com ‘rabo’, a coluna espinhal esticada. Não é lenda, não, nasceu mesmo. E duas protuberâncias que pareciam dois chifres“. E conclui: “a gente não fazia aquilo para explorar a fé pública. A gente fazia aquilo para explorar um lado cultural urbano. O bebê-diabo foi nosso Saci-pererê“.  

Sobre ter se assumido corinthiano na Folha da Tarde, afirma: “Isso foi em 1985/86. Não me prejudicou porque, aqui em São Paulo, ninguém fazia isso“. Danilo pergunta se ele teve problemas com torcedores, ao que Chico responde: “tentaram me matar. A torcida do Corinthians. Fui no Morumbi, tinha o estacionamento dos jornalistas, então estacionei o carro lá. Um fusquinha azul-marinho. Fiz o jogo, Corinthians ganhou, saí mais cedo para chegar correndo no jornal. De repente, tinha uma perua cheia de gente, o cara abre a porta, me sai com um 38 e fala assim ‘finalmente te encontrei, hoje vou te matar, seu filho da mãe’. Eu falei ‘mas por que você vai me matar?’. Ele ‘porque você é o Roberto Avalone e torce para o Palmeiras’Lógico que gelei, fiquei com a perna bamba, mas o diálogo é que ia me salvar“. Ele conta então que viu Raul Gil chegando ao local e questionando a cena. “Ele deu um esporro no cara e falou ‘você tá louco?! Depois ainda tirou o revólver da mão dele. Ele falou ‘Chico, entra no seu carro, pega o banquinho e sai de mansinho“, recorda.

Chico relembra outros fatos icônicos de sua trajetória e os ‘ataques’ e xingamentos que recebe até hoje das torcidas rivais. Brincando com o guitarrista Marcos Kleine, que é palmeirense assumido, diz: “ele deveria vir aqui e me dar um beijo. A gente tem que passar uma coisa. Futebol é alegria, amizade. Antes de tudo, se faz amigos. A rivalidade existe, mas a humanidade e sentimento fraterno é muito maior“. Ao falar sobre sua famosa comemoração do gol do título corinthiano em 90, declara: “o Corinthians não tinha time, caindo as pedaços, e de repente chega lá. O primeiro brasileiro. Esse título foi comemorado com pizza. O Vicente Matheus era tão ‘munheca’ que a concentração do Corinthians foi lá no Bexiga, hotel três estrelas. Chegamos lá e perguntamos onde ia ser a festa. Seu Vicente falou ‘que festa? Não, meu filho, vou pedir umas pizzas. Todo mundo comeu e foi embora para casa“.

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