São Paulo, setembro de 2025 – A mais recente pesquisa realizada pela Ipsos-Ipec sobre a avaliação do Governo Federal, realizada entre 4 e 8 de setembro, aponta uma melhora na avaliação positiva (ótima ou boa), embora a medida negativa (ruim ou péssima) ainda prevaleça entre os brasileiros.
AVALIAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL
A avaliação negativa (ruim ou péssima) recua 5 pontos percentuais (p.p.), atingindo 38% neste levantamento, ante 43% no estudo divulgado em junho. A avaliação positiva (ótima ou boa) avança na mesma proporção, passando de 25% no estudo passado para 30% agora, em setembro. A percepção regular oscila de 29% para 31% atualmente.
Em setembro, a avaliação positiva da administração do presidente Lula é mais acentuada entre:
Ademais, a avaliação ótima/boa é maior em municípios com até 50 mil habitantes (35%) se comparado com os municípios com mais de 50 a 500 mil habitantes (26%) e entre quem tem de 45 a 59 anos (35%), ante quem tem entre 25 e 34 anos (25%).
A avaliação negativa é mais expressiva entre:
Ainda, nessa rodada, a avaliação ruim/péssima é maior entre os mais instruídos (44%) do que entre os menos escolarizados (27%).
Em relação aos resultados divulgados em junho, nota-se que a avaliação positiva registra crescimento mais significativo entre quem declara ter votado em Lula na eleição de 2022, variando de 53% para 61% agora em setembro e, entre moradores da região Nordeste, onde passa de 38% para 46%, no mesmo período.
Contudo, nota-se que a avaliação negativa cai, sobretudo, entre quem declara ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022, visto que vai de 75% para 67%; entre os homens (de 48% em junho para 41% em setembro) e entre os que vivem na região Norte/Centro-Oeste, onde passa de 50% para 39% na pesquisa atual.
“Os números de setembro indicam um respiro importante para o governo, revertendo a tendência de alta da avaliação negativa que marcou o primeiro semestre. A recuperação de cinco pontos na medida positiva é estatisticamente relevante e sugere que a percepção negativa pode ter atingido seu pico em junho.”, diz Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec.
APROVAÇÃO DA FORMA COMO O PRESIDENTE ADMINISTRA O PAÍS
A maneira como o Presidente Lula está governando o Brasil segue sendo desaprovada, ainda que a pesquisa indique uma alta no percentual de aprovação. A aprovação à maneira do presidente Lula governar o país cresce cinco pontos percentuais desde a última medição em junho, passando de 39% para 44%. No mesmo período, a desaprovação recua de 55% para 51%.
Considerando os brasileiros que avaliam a gestão de Lula como regular, novamente 47% deles aprovam a forma como vem governando o Brasil, ao passo que 42% desaprovam e 11% preferem não opinar a respeito.
Na pesquisa atual, a aprovação da forma como o Presidente Lula vem administrando o país é mais significativa entre:
Além disso, aprovação se sobressai entre quem tem 60 anos ou mais (51%), em comparação aos que têm de 35 a 44 anos (40%), entre os que vivem em municípios com até 50 mil habitantes (48%), em relação àqueles com mais de 50 a 500 mil habitantes (39%) e entre quem se autodeclara como preto ou pardo (47%), ante aos brancos (39%).
Enquanto isso, a desaprovação é mais forte entre:
Ainda, a desaprovação é significativamente maior entre quem tem o ensino superior (57%), assim como o médio, na comparação com os menos instruídos (38%) e entre os que se autodeclaram brancos (56%), em relação aos pretos ou pardos (47%).
Em comparação com os resultados divulgados em junho, observa-se que a aprovação da forma de governar do presidente aumenta de forma mais expressiva entre quem declara ter votado em Lula na eleição de 2022, passando de 74% para 81% agora em setembro; entre os moradores da região Nordeste, onde avança de 54% para 63% e entre quem não tem religião ou segue outra que não a católica ou evangélica, variando de 35% para 47%.
Em contrapartida, a desaprovação recua de 22% em junho para 15% nessa nova rodada entre quem declara ter votado em Lula no pleito passado.
“O governo recupera fôlego ao reverter a queda nos índices de aprovação, mas esse movimento é observado na sua base mais fiel. O maior desafio é conseguir atrair outros segmentos da população.”, pondera Márcia Cavallari.
CONFIANÇA NO PRESIDENTE
A confiança no presidente Lula também apresenta leve melhora no período entre as divulgações. Hoje, somam 41% os brasileiros que dizem confiar no chefe do Executivo, eram 37% no levantamento anterior.
Já a parcela da população que afirma não confiar no presidente Lula oscila de 58% para 56%. Os que preferem não opinar sobre o assunto passam de 4% em junho para 3% agora em setembro.
Nesse levantamento, a confiança no Presidente Lula é destaque entre:
Além disso, a confiança é maior entre quem mora em municípios com até 50 mil habitantes (45%) se comparado com os municípios com mais de 50 a 500 mil habitantes (37%) e quem se autodeclara preto ou pardo (44%), na comparação com brancos (36%).
Já aqueles que não confiam no presidente se sobressaem entre:
Ainda, a desconfiança é mais expressiva entre pessoas com 25 a 34 anos (58%) e 35 a 44 anos (59%), em relação aos que têm 60 anos ou mais (47%); entre quem vive em cidades com mais de 50 a 500 mil habitantes (60%), ante aqueles que moram em cidades com até 50 mil habitantes (51%) e entre brancos (60%) versus pretos e pardos (53%).
Não há movimentação estatisticamente significativa em relação à confiança no presidente Lula na comparação com os dados divulgados em junho.
“A confiança é um indicador mais difícil de ser reconstruído do que a aprovação. A leve melhora não altera o cenário principal, já que uma maioria consolidada de 56% dos brasileiros não confia no presidente, uma barreira que o governo ainda não conseguiu transpor”, analisa Cavallari.
PERCEPÇÃO SOBRE O GOVERNO FEDERAL
Ainda a sensação de que o governo Lula está pior do que imaginava predomine, a medida registra queda significativa em relação ao levantamento anterior. Atualmente, somam 44% os brasileiros que acreditam que o governo está pior do que esperavam (eram 50% em junho), enquanto aqueles que consideram que está igual oscilam de 28% para 30% agora em setembro.
Já a parcela de entrevistados que afirma que o governo está melhor vai de 20% para 24% nesse estudo. Para 16% dos que declaram ter votado em Lula no 2º turno o governo está pior do que esperavam.
“Embora as expectativas em relação ao governo ainda sejam desfavoráveis, há sinais de melhora com a reversão da curva de frustração. Ainda assim, esse sentimento de decepção continua sendo predominante.”, conclui a diretora da Ipsos-Ipec.
Ficha técnica
Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 8 de setembro de 2025.
Abordagem: pesquisa presencial.
Tamanho da amostra: foram entrevistados 2.000 eleitores em 132 municípios.
Margem de erro: a margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Nível de confiança: o nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento.
Solicitante: estudo realizado pela Ipsos-Ipec em sua pesquisa Omnibus (BUS) mensal.
Sobre a Ipsos
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MILENA OLIVEIRA CRUZ
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