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Adotou seu primeiro pet? Veterinária dá dicas de como cuidar da alimentação do seu novo companheiro

THAIS GOBBI
10/09/2025 10h59 - Atualizado há 3 horas
Adotou seu primeiro pet? Veterinária dá dicas de como cuidar da alimentação do seu novo companheiro
Adimax - Divulgação
Adotar um animal de estimação é abrir as portas da casa e do coração para um novo integrante da família. Para quem está recebendo seu primeiro pet, a experiência pode ser repleta de alegria, descobertas e também de dúvidas. Afinal, cada gesto de cuidado faz a diferença no bem-estar desse novo companheiro. Especialmente quando o assunto é a alimentação, um dos pilares para promover sua saúde e qualidade de vida. Seja ele filhote, adulto ou um animal já idoso, é importante entender suas necessidades nutricionais, oferecer um alimento de qualidade e fazer o manejo correto, adequando a nova rotina de ambos.

Para ajudar nessa fase, tão desafiadora quanto prazerosa, a médica-veterinária Juliana Soncin, que atua na capacitação técnica da Adimax, fornece dicas práticas e respostas às dúvidas mais comuns dos tutores de primeira viagem, quando o assunto é a alimentação do pet. Com informação, carinho e dedicação, essa adaptação será muito mais tranquila.

- A partir de quanto tempo de vida é recomendado adotar um filhote, para assegurar que já tenha desmamado?
O desmame é um processo gradual e muito importante para o desenvolvimento saudável dos filhotes. Tecnicamente, eles devem permanecer com a mãe por, no mínimo, 45 dias, período essencial para garantir nutrição adequada, fortalecimento da imunidade e os primeiros aprendizados sociais. No entanto, especialistas recomendam que a adoção responsável aconteça entre 2 e 3 meses de idade, pois esse tempo extra contribui para uma socialização mais completa, maior independência e equilíbrio comportamental.

Vale lembrar que, em casos de resgate, quando filhotes são encontrados abandonados antes da idade ideal, a prioridade deve ser oferecer os cuidados adequados e acompanhamento veterinário, assegurando que recebam o suporte necessário para se desenvolverem bem. Assim, mais do que seguir apenas a idade mínima, a adoção deve sempre considerar o bem-estar do animal e as condições para que ele cresça de forma saudável.

- Qual é o alimento recomendado para esta fase inicial da vida do pet?
Durante a fase de crescimento, o ideal é oferecer sempre um alimento completo e balanceado formulado para filhotes de cães ou gatos, de acordo com a espécie. Isso porque, nesse período, o organismo do animal ainda está em desenvolvimento, finalizando a formação de tecidos, fortalecimento do sistema imunológico e estruturas importantes para a vida adulta. Por isso, os alimentos destinados a filhotes possuem maiores teores de proteína, energia e gordura, além de nutrientes essenciais como o DHA, um ácido graxo da família do ômega 3, essencial para o desenvolvimento cerebral e da visão.

- Quantas vezes ao dia o animal deve comer?
Para os filhotes, a quantidade diária de alimento deve ser dividida em, no mínimo, três porções diárias, respeitando assim sua menor capacidade estomacal e favorecendo o aproveitamento do alimento. No caso de gatos filhotes, a orientação também é dividir em, no mínimo, três porções ao dia. Porém, o ideal é que o alimento fique disponível o dia todo, uma vez que é um comportamento natural dos gatos realizar várias e pequenas refeições ao dia. Mas atenção: a quantidade a ser oferecida deve seguir o recomendado. O número de refeições é livre, mas a quantidade não.

Já para cães adultos, a quantidade diária de alimento deve ser dividida em pelo menos duas refeições, para que não passem muito tempo sem se alimentar. Se a rotina do tutor permitir, é interessante dividir em três refeições. Lembrando que oferecer mais refeições ao dia não significa que o animal comerá mais, mas sim que a quantidade total será dividida em mais porções ao longo do dia.

- Como fazer a troca do alimento, quando for necessária?
Os filhotes geralmente chegam às casas dos tutores já desmamados. Durante o desmame, eles passam do leite materno para a ração seca apropriada para filhotes de forma natural e gradual. O ideal é que o alimento esteja disponível no comedouro mesmo enquanto o filhote ainda mama, assim ele pode ir experimentando aos poucos e observando a mãe comer, o que estimula a aceitação. Para facilitar essa transição, pode-se oferecer também alimento úmido ou papinha de desmame, que ajudam na passagem do leite materno para o alimento sólido. O alimento úmido não deve permanecer no comedouro por mais de 30 minutos, para evitar contaminação.

Quando chegar o momento de mudar o alimento, a transição deve ser gradual para evitar desconfortos gastrointestinais, conforme indicado na embalagem ou sob orientação do médico-veterinário.

Vale lembrar dos casos especiais de cães e gatos órfãos, ou adotados antes do período de desmame: nesses, devem ser utilizados alimentos para essa fase, como colostro comercial e papinha de desmame, até que estejam prontos para iniciar a alimentação sólida.

- É normal o pet rejeitar o alimento nos primeiros dias? O que fazer?
É normal que o pet apresente rejeição ao alimento nos primeiros dias em um novo lar. Isso acontece porque ele está passando por um período de adaptação, marcado pela separação da mãe e da ninhada, além do estresse da mudança de ambiente, com novos cheiros, pessoas e rotinas. Nessa fase, o tutor deve oferecer a mesma ração que o filhote já estava acostumado, em um local tranquilo e sem muitos estímulos, evitando alterações bruscas na dieta. Com o tempo, o animal tende a se sentir mais seguro e volta a se alimentar normalmente.

- Como calcular a quantidade ideal de ração para meu pet?
A quantidade diária deve respeitar a indicação da embalagem, conforme o peso e o nível de atividade física do animal, ou a recomendação do médico-veterinário de confiança. Em caso de dúvidas, o tutor pode ligar no Serviço de Atendimento ao Cliente do fabricante. Vale destacar ainda que os petiscos, geralmente oferecidos como agrado ou recompensa, também devem seguir a quantidade recomendada na embalagem, para que o animal não receba um excesso de calorias, o que pode levar ao ganho de peso em excesso.

- Posso variar a ração ou isso faz mal?
É possível variar a ração de cães e gatos, mas não é recomendado fazer isso com frequência. Diferente dos humanos, os pets têm o paladar menos exigente e não costumam enjoar do alimento, de modo que não há necessidade de trocas constantes. Pelo contrário: mudanças frequentes podem causar desconforto digestivo e até levar à rejeição do alimento, especialmente no caso dos gatos, que tendem a ser mais seletivos com texturas e formatos. Sempre que for necessário trocar a ração — seja por indicação veterinária, mudança de fase de vida ou outra necessidade, o ideal é realizar o processo de forma gradual.

- É verdade que alguns alimentos humanos são tóxicos para os cães? Quais?
Há uma série de alimentos da dieta humana que apresentam riscos ocultos para nossos amigos de quatro patas:

*O primeiro item da lista de alimentos proibidos é o chocolate, pois contém duas substâncias tóxicas para os pets: cafeína e teobromina, que podem provocar vômitos, diarreia, convulsões e problemas cardíacos. Para animais mais sensíveis, podem até levar à morte. Vale destacar que o tutor que pensar em oferecer um chocolate mais amargo, acreditando ser menos prejudicial, estará colocando o animal em risco, pois o teor de teobromina é maior;

*Uva (fresca ou passa) contém uma substância tóxica aos animais que pode provocar alterações como o aumento da frequência urinária e da ingestão de água, ocasionando lesão nos rins;

*Temperos como o alho e a cebola, usados nas preparações e considerados saudáveis na dieta humana, podem atacar as células do sangue dos animais, podendo causar anemia.

Além desses, há outros alimentos que podem ser perigosos: xilitol (adoçante encontrado em gomas, balas, doces sem açúcar e pasta de dente), macadâmia e semente de frutas.

- Como saber se a ração que escolhi é realmente de qualidade?
Para saber se a ração escolhida é de qualidade, é importante observar tanto o comportamento e a saúde do pet quanto a confiabilidade da marca:

Indicação veterinária: uma ração recomendada por médico-veterinário que leva em consideração a idade, porte e condição de saúde do pet;

Qualidade das fezes: fezes bem formadas e consistentes, que não marcam o piso, ou fezes macias, bem formadas e com aspecto umedecido que marcam levemente o piso. A qualidade das fezes indica boa digestibilidade e absorção de nutrientes;

Saúde da pelagem: pelo brilhante, macio e saudável é reflexo de ingredientes de qualidade, como proteínas e ácidos graxos essenciais;

Ingredientes funcionais: alimentos que incluem componentes extras, como antioxidantes, prebióticos, fibras especiais e outros ingredientes funcionais, oferecem benefícios à saúde além da nutrição básica;

Empresa idônea e responsável: prefira alimentos de fabricantes que sigam padrões de qualidade e segurança reconhecidos, com transparência nas informações do rótulo e compromisso com o bem-estar animal. Isso garante confiança e segurança naquilo que está sendo oferecido ao seu pet.

- Qual a diferença da ração para cães adultos e para cães idosos (sênior)?
Enquanto a ração para adultos é formulada para atender às necessidades energéticas e nutricionais de cães em plena atividade e evitar o sobrepeso, a ração sênior foca em promover qualidade de vida, bem-estar e saúde na idade mais avançada. O envelhecimento é representado por mudanças progressivas que ocorrem após a maturidade em vários órgãos, as quais resultam em diminuição da sua capacidade funcional. Durante essa fase de vida, os cães passam por um processo natural de perda de massa muscular e queda no metabolismo. Além disso, podem apresentar alterações no trato digestivo (intestino preso – constipação), diminuição da resposta imunológica e desgaste natural das articulações. Desse modo, a ração para cães sênior possui energia moderada e maior teor de fibras para evitar ganho de peso devido à menor atividade física; mix de fibras e prebióticos para manter a saúde intestinal; antioxidantes naturais e ômega 3 (EPA + DHA) para auxiliar na proteção de células e no processo inflamatório devido a doenças crônicas; proteína de alto aproveitamento para preservar massa muscular; condroprotetores que ajudam na saúde das articulações; fósforo controlado para cuidar da função renal.

- Com que idade o animal é considerado sênior, para receber o alimento específico para esta fase?
Cães de porte médio e grande, a partir de 5 anos. Cães de porte mini e pequeno, a partir de 7 anos de idade.


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FONTE: Adimax
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