Em uma iniciativa inédita de democratização cultural, o Instituto Global Attitude (IGA), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, promoverá nove festivais distribuídos por centros culturais, CEUs e espaços públicos da capital paulista ao longo do segundo semestre de 2025.
A agenda contempla manifestações artísticas que abrangem música, teatro, circo, dança, cultura de periferia e tradições populares, com destaque para:
Acesso à cultura: um direito em construção
A iniciativa do IGA ganha ainda mais relevância em um cenário nacional onde o acesso à cultura, embora expandido, ainda convive com desigualdades profundas.
Segundo a pesquisa Hábitos Culturais 2023 (Fundação Itaú e Datafolha), 96% dos brasileiros participaram de ao menos uma atividade cultural — presencial ou online — em 2023, contra 89% em 2022. Houve crescimento no público de apresentações artísticas (45%, ante 18% em 2022), cinema (33%) e teatro infantil (24%).
No entanto, dados da pesquisa Cultura nas Capitais (JLeiva Cultura & Esporte, 2024) apontam queda no consumo cultural em várias categorias entre 2017 e 2024, com exceção dos jogos eletrônicos. Atividades como circo e concertos são menos acessadas (14% e 8%, respectivamente).
A desigualdade no acesso é visível nas diferenças por classe, cor e escolaridade. Por exemplo, pessoas brancas frequentam mais museus (32%), bibliotecas (28%) e teatros (29%), enquanto pretos frequentam mais shows (44%) e festas populares (39%). Pardos e indígenas têm participação bastante reduzida. Em São Paulo, 46% da população nunca esteve no Theatro Municipal e 34% nunca visitaram o MASP.
Esses dados revelam que, apesar dos avanços no consumo de cultura, o acesso ainda é desigual — fortemente atrelado a fatores socioeconômicos, geográficos e raciais.
Rodrigo Reis, Diretor Executivo do IGA, ressalta o papel transformador da cultura: “Acreditamos que arte é um direito, não um privilégio. Levar programação gratuita para diferentes regiões da cidade significa garantir que todos possam experimentar, aprender e se inspirar”. Sua atuação expressa o compromisso do Instituto Global Attitude com a inclusão, a descentralização cultural e o protagonismo social.
O Instituto Global Attitude assume um papel central ao promover uma programação cultural ampla, diversa e gratuita, com forte presença nas periferias e no centro da cidade. Em um contexto onde o acesso ao que é cultural continua restrito para muitos, essa agenda reforça a cultura como direito constitucional, motor de inclusão social e instrumento de transformação urbana.
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RAFAELLA SOUZA RANULFO
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