O 6º Fórum Internacional Senac de Educadores, que acontece de 8 a 11 de setembro, online e gratuito, parte de uma pergunta essencial: como fazer a escola dialogar com a vida real dos estudantes, suas identidades, territórios e expectativas de futuro? Ao longo de quatro dias, nomes como Djamila Ribeiro, Paula Beatriz de Souza Cruz, Énia Lipanga, Ana Ivenicki e Terezinha Rios discutem caminhos para uma cultura escolar mais inclusiva, com vínculos fortes e práticas pedagógicas que reconhecem as diferenças como potência.
Para a diretora e educadora Paula Beatriz de Souza Cruz, o ponto de partida é assegurar ambientes de respeito ativo: “A prática educativa deve se pautar pelo enfrentamento a todas as formas de discriminação e violência, incluindo a LGBTfobia, o machismo e o sexismo.” Ela lembra que a escola convive com múltiplos sujeitos, em classe, gênero, raça/cor, idades, sexualidades, etnias e nacionalidades, e conclui: “Permitam que nossas crianças, sejam crianças!”
O pesquisador Reginaldo Anselmo Teixeira, defende uma mudança na direção de combater a padronização das práticas de ensino: “Penso que a escola brasileira precisa repensar a cultura escolar da homogeneização das práticas de ensino para se tornar um espaço inclusivo e multicultural.” Para ele, é preciso partir “das experiências reais para a construção dos diferentes processos de ensino” e aproximar conteúdos “das diferentes formas de existência do seu público-alvo”. Teixeira, que é Doutor em Educação Escolar, com pesquisas focadas na temática Escola do Campo, estará na mesa “A importância das narrativas e vivências na construção de uma escola inclusiva e multicultural”, que acontece no dia 9.
A professora emérita Ana Ivenicki destaca efeitos concretos quando o currículo acolhe identidades: “O impacto mais visível dá-se no clima amigável entre os alunos, com diminuição sensível de episódios de bullying, racismo e outros preconceitos.” Ela observa também ganhos de desempenho: “as temáticas do currículo são mais bem compreendidas […] sendo, pois, mais bem visualizadas e entendidas por todos.”
Os debates do 6º Fórum Internacional Senac de Educadores apoiam-se em sinais recentes, vindos da própria juventude. Segundo a pesquisa do Senac São Paulo com o Instituto Locomotiva, apresentada em maio deste ano por meio do Geração Senac - 1ª Mostra de Inovação em Educação Profissional, indica que 85% dos jovens de 14 a 18 anos veem o ensino técnico como facilitador de inserção no mercado, e 73% têm interesse em cursá-lo; 84% desejam carreiras alinhadas aos seus valores, e 92% acreditam que realizarão seus sonhos profissionais. A próxima edição do Geração Senac está prevista para 2027, reforçando o compromisso da instituição com inovação, protagonismo e escuta ativa.
Para encerrar o último dia do Fórum Internacional Senac de Educadores, a Editora Senac São Paulo marca presença com o lançamento do livro Grandes temas da educação: sete olhares sobre escola e futuro, dos autores Fernando José de Almeida, Allyne Andrade e Silva, André Lemos, Eugênio Bucci, Graça Machel, Jerá Guarani, Ladislau Dowbor e Renato Janine Ribeiro, que participarão de uma sessão de autógrafos. A obra apresenta um compilado de tudo o que foi discutido nas cinco edições anteriores do Fórum, reunindo ideias, críticas e propostas de nomes de destaque das áreas de educação, economia, direito e tecnologia do Brasil e de outros países.
Serviço:
6º Fórum Internacional Senac de Educadores
Quando: 8 a 11 de setembro, sempre das 15h às 17h
Onde: online e gratuito
Inscrições e programação completa: eventos.sp.senac.br/evento/6o-forum-internacional-senac-de-educadores
Lançamento do livro “Grandes temas da educação: sete olhares sobre escola e futuro”
Quando: 11 de setembro, quinta-feira, às 17h
Onde: Auditório Nobre da Sede do Senac São Paulo
Rua Dr. Vila Nova, 228 – Vila Buarque – São Paulo – SP
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TALITA LIMA DOS REIS NAKAMURA
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