A escritora e socióloga Carolina Santos lança seu romance, "A Outra Mãe", pela Editora Caravana. A obra, que levou sete anos para ser escrita, é uma jornada literária pessoal que transcende a biografia para tocar em feridas e potências universais da condição feminina. Articulando diário de viagem e gênero epistolar, o livro acompanha a protagonista Nuanda em uma caminhada de 100 km pelo Vale Sagrado dos Incas, no Peru, enquanto escreve cartas para sua madrinha, Iracema, mergulhando em suas próprias memórias de abandono, cura e autodescoberta.
Carolina Santos é escritora e socióloga goiana, radicada em Brasília. Formada em Ciências Sociais pela UFG, é mestre em Literatura Pós-Colonial e Estudos de Gênero pelas universidades de Bolonha e Granada. Com uma trajetória que entrelaça literatura e ativismo, atuou por anos em ONGs de direitos das mulheres e atualmente trabalha no UNICEF com projetos para crianças e adolescentes. É vencedora de prêmios como o Agente Jovem de Cultura (2011), Expressões Culturais Afro-Brasileiras (2012) e o Tato Literário (2025), e foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura em 2014. "A Outra Mãe" é seu romance de estreia, sintetizando uma década de investigação sobre a potência e os desafios da existência feminina.
Em Goiânia (GO), a obra será lançada no dia 13/9, às 16h30, no Museu de Arte de Goiânia, localizado no Bosque dos Buritis. Já em Brasília (DF), o evento de lançamento acontece no dia 4/10, às 16h30, na Verbal Criativa (SHCGN 716 Bloco T casa 13 - 2 andar - Asa Norte). O livro também será apresentado na Festa Literária de Pirenópolis (GO) no dia 10/10.
Os temas centrais do romance giram em torno de maternidades não convencionais, espiritualidade, ancestralidade e a resiliência feminina. A narrativa investiga o significado de ser mãe para além da biologia, celebrando as famílias atípicas e a amizade entre mulheres como alicerce familiar. “A figura da ‘outra mãe’ pode ser compreendida como a mulher que exerce o cuidado para além do vínculo biológico”, explica a autora, que também explora forças invisíveis e entidades de cosmologias brasileiras e andinas, criando um pano de fundo espiritual para a trama.
A motivação para a escrita está ligada à trajetória pessoal e profissional de Carolina. Feminista e com vasta experiência em projetos de direitos das mulheres e saúde mental no SUS, ela encontrou na literatura um palco para ensaiar revoluções íntimas. “Uma história literária pode ser como um palco de teatro. Criamos personagens baseados nas histórias de opressão que vivemos na vida real para poder ver, desde fora, quem somos e assim ensaiar uma revolução, pessoal e coletiva”, reflete. O processo de escrita, que atravessou o luto pela perda de uma de suas próprias mães, tornou-se um ato de resistência e reinvenção.
Para Carolina, o livro é um registro das angústias de sua geração: “A minha personagem, Nuanda, encarna essa ansiedade difusa, revelando como ela se infiltra na vida afetiva, espiritual e social”. Mais do que um diagnóstico, a obra oferece um caminho de cura, propondo que a conexão com a ancestralidade e o autocuidado são atos de coragem. "A cura de tantas feridas se enraíza na escuta das origens, que a ancestralidade transforma dor em força", defende a autora.
Adquira “A outra mãe”, de Carolina Santos, no site da editora Caravana: https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/a-outra-mae/
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VERIANA RIBEIRO ALVES
[email protected]
