O “teste da linguinha” ainda é pouco conhecido pelas famílias brasileiras, mas pode fazer toda a diferença no desenvolvimento infantil. Realizado nas primeiras horas de vida, o exame é capaz de identificar alterações no frênulo lingual – a chamada “língua presa” – que podem comprometer não só a fala da criança, mas também a amamentação.
Instituído no Brasil pela Lei nº 13.002/2014, o teste é rápido, indolor e gratuito na rede pública. Apesar disso, ainda não é tão difundido quanto o “teste da orelhinha”, já bastante popular entre os pais de recém-nascidos. Para a fonoaudióloga Angelika dos Santos Scheifer, especialista em linguagem infantil, a falta de informação é o principal motivo dessa lacuna.
“Muitos pais não sabem que o teste da linguinha existe e só descobrem que o filho tem língua presa quando surgem dificuldades para mamar ou falar. É uma avaliação muito simples, mas que pode mudar o futuro da criança, evitando complicações no desenvolvimento da fala e na amamentação”, explica Angelika.
O diagnóstico precoce permite que, quando necessário, o bebê seja encaminhado para avaliação mais detalhada ou até mesmo para procedimentos de correção ainda nos primeiros meses de vida. Isso evita que a criança enfrente dificuldades para sugar, mastigar, engolir e, mais tarde, para articular os sons da fala.
“A língua tem papel fundamental não apenas na comunicação, mas em funções básicas como respiração, deglutição e sucção. Identificar e tratar alterações cedo é garantir qualidade de vida e um desenvolvimento mais saudável”, reforça a fonoaudióloga.
Especialistas lembram que, embora obrigatório por lei, o exame ainda não é oferecido de forma uniforme em todos os hospitais. Por isso, os pais devem se informar e exigir que o teste seja realizado logo após o nascimento do bebê.
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JÚLIA KLAUS BOZZETTO
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