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Dor nas costas atinge 8 em cada 10 pessoas e já é uma das principais causas de afastamento no Brasil

ASSESSIVA COMUNICAçãO
15/10/2025 07h15 - Atualizado há 21 horas
Dor nas costas atinge 8 em cada 10 pessoas e já é uma das principais causas de afastamento no Brasil
Divulgação
A coluna vertebral sustenta o corpo, protege a medula espinhal e garante nossa mobilidade. Mesmo assim, é uma das partes mais negligenciadas do organismo. O Dia Mundial da Coluna, celebrado em 16 de outubro, foi criado em 2008 para conscientizar sobre a importância da prevenção e do cuidado com essa estrutura vital. Em um país onde o sedentarismo cresce e o trabalho se torna cada vez mais digital, falar sobre saúde da coluna é falar sobre qualidade de vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial sofrerá com dor nas costas em algum momento da vida. No Brasil, dados do Ministério da Saúde e do IBGE apontam que mais de 27 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de doença crônica da coluna, cerca de 15% da população adulta. Entre as mulheres, a incidência é ainda maior, atingindo uma em cada cinco.

A dor lombar é hoje uma das principais causas de afastamento do trabalho no mundo e a segunda maior razão de consultas médicas, perdendo apenas para dor de cabeça. Segundo estudo da revista científica The Lancet, ela é a principal responsável pelos anos vividos com incapacidade (DALYs) em 160 países. No Brasil, estima-se que cerca de 60% dos adultos já sentiram dor lombar em algum momento. Esses números refletem um problema silencioso que, quando negligenciado, evolui para hérnia de disco, desgaste articular e limitações permanentes.

No consultório, é comum atender pacientes que chegam com dores acumuladas por anos de má postura e sedentarismo. O desafio, muitas vezes, é mostrar que pequenas mudanças diárias, como alongar, se movimentar e manter bons hábitos, podem evitar tratamentos longos e invasivos. Em muitos casos, o problema não é apenas físico, mas também comportamental: o corpo dá sinais, mas o estilo de vida impede a pausa necessária para ouvir.

Grande parte dessas dores poderia ser evitada com pequenas mudanças de rotina. A má postura, o excesso de peso, o sedentarismo e as longas horas em frente ao computador estão entre os principais vilões da saúde da coluna. A prática regular de atividades físicas, como pilates, natação e musculação, ajuda a fortalecer a musculatura que sustenta a coluna e reduz o risco de lesões. Já alongamentos e pausas durante o expediente são estratégias simples e eficazes para aliviar tensões e evitar sobrecarga.

A ergonomia também é essencial. Cadeiras e mesas com altura adequada, monitores na linha dos olhos e pés apoiados no chão fazem diferença no longo prazo. Dormir com colchão firme e travesseiro que respeite o alinhamento da cabeça e do pescoço também previne dores. Outro ponto importante é o controle do peso corporal. Cada quilo a mais significa sobrecarga extra nas articulações e discos intervertebrais.

A fisioterapia tem papel central nesse processo. Além de tratar a dor, o fisioterapeuta atua na reeducação postural, na melhora da mobilidade e no fortalecimento muscular. Em muitos casos, o tratamento fisioterápico reduz significativamente os sintomas sem a necessidade de cirurgia. O acompanhamento precoce evita que um desconforto passageiro se torne uma condição crônica.

Mais do que uma data simbólica, o Dia Mundial da Coluna deve servir como alerta para atitudes práticas. Cuidar da postura ao sentar, levantar pesos corretamente e manter uma rotina ativa são formas simples de proteger a estrutura que sustenta todo o corpo. A prevenção é sempre o melhor caminho, e quanto antes o cuidado começa, menores são as chances de dor e limitação no futuro.

A saúde da coluna está diretamente ligada à nossa autonomia. Ela nos permite andar, trabalhar, abraçar e viver com liberdade. Em 16 de outubro, o convite é para olhar para esse eixo que nos mantém de pé  e lembrar que uma boa postura hoje é sinônimo de movimento amanhã.

Wil Gazzi é fisioterapeuta, especialista em ortopedia traumato esportiva e reabilitação funcional

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Henrique Fernandes
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