O setor moveleiro brasileiro atravessa 2025 em trajetória de expansão, com reflexos diretos na procura por montagem profissional e planejamento de ambientes. Dados recentes da ABIMÓVEL indicam que a produção de móveis e colchões cresceu 3,8 por cento entre janeiro e maio na comparação anual, mantendo tendência positiva mesmo com oscilações no comércio exterior.
A aceleração também se apoia em projetos de promoção internacional e geração de negócios. Em março, o Projeto Comprador da Movelsul 2025 reuniu 66 indústrias nacionais e 20 compradores de 11 países, movimentando mais de 305,2 milhões de reais em rodadas e contatos comerciais, sinalizando fôlego para a cadeia produtiva no curto prazo.
“Planejar primeiro e montar com método é o que reduz retrabalho, custo e acidentes domésticos. A recomendação é medir três vezes antes de furar, conferir prumo e esquadro, usar fixações compatíveis com cada parede e seguir o torque indicado pelo fabricante. Em cozinha e home office, prever passagem elétrica e ventilação evita revisões caras”, afirma Renan Rodrigues, CEO da Fix Móveis, ao destacar que cronograma, checklists de ferragens e testes de carga devem encerrar a instalação.
A demanda por móveis planejados sustenta parte desse movimento. Estimativas setoriais mostram que o consumo de planejados no varejo somou 20,8 bilhões de reais em 2024, alta de 11,1 por cento ante o ano anterior, com tíquete médio por peça acima de 585 reais. A leitura para 2025 aponta continuidade de relevância do segmento dentro do mercado total, que em 2024 movimentou mais de 78 bilhões de reais.
Relatórios especializados divulgados neste ano consolidam a fotografia do setor, com séries históricas de produção, consumo, emprego e comércio exterior, além de recortes específicos sobre planejados e canais de varejo. As edições 2025 do “Brasil Móveis” e do “Estudo do Mercado Potencial de Móveis Planejados” detalham a evolução recente e dimensionam a oferta e a demanda no país, tornando-se referências para tomada de decisão de fabricantes, lojistas e prestadores de serviço.
No campo da decoração, tendências de 2025 reforçam exigências técnicas sobre quem monta e projeta: sustentabilidade com materiais de baixa emissão, integração de tecnologia e automação, e, sobretudo, ergonomia em ambientes híbridos de trabalho. Guias e análises publicados neste ano destacam o design biofílico, soluções multiuso e foco no conforto postural, fatores que precisam ser traduzidos em especificação e instalação corretas de ferragens, painéis e suportes.
Para além das residências, o varejo e os espaços corporativos puxam pedidos de padronização, velocidade e qualidade de acabamento, na medida em que prazos de inauguração e readequação de layout encurtam. Empresas de montagem reportam rotinas com pré-montagem em bancada, kits de fixação etiquetados e inspeções finais com fotoregistro, práticas alinhadas ao aumento do fluxo de projetos visto em 2025 nos eventos do setor e nos painéis de inteligência de mercado.
Especialistas sugerem que a próxima etapa da profissionalização passa por métricas objetivas de desempenho: tempos padrão por tipologia de móvel, taxa de retrabalho por projeto e conformidade com manuais. A recomendação é que arquitetos, varejistas e instaladores utilizem os relatórios de 2025 como base para contratos e escopos, incorporando checklists de segurança e pós-venda para garantir longevidade de portas, corrediças e fixações em diferentes substratos.
Em síntese, a combinação entre indicadores de produção em alta, calendário de negócios aquecido e tendências que valorizam ergonomia e tecnologia consolidou, em 2025, o terreno para serviços de montagem e planejamento mais técnicos. Nesse cenário, medições precisas, ancoragens compatíveis, validação elétrica e checklist final deixam de ser diferencial e passam a compor o novo padrão mínimo de qualidade em projetos residenciais e corporativos no país.
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Renan Rodrigues de Souza
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