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Qual o papel da Microbiota Intestinal na Perda de Peso?

Indivíduos obesos, normalmente, apresentam alterações na microbiota, o que pode favorecer maior absorção calórica e acúmulo de gordura.

Edna Vairoletti
09/10/2025 16h45 - Atualizado há 7 horas
Qual o papel da Microbiota Intestinal na Perda de Peso?
divulgação
As evidências científicas têm mostrado a importância da microbiota intestinal para a obtenção de resultados mais eficazes no tratamento da obesidade. Revisões e ensaios clínicos apontam que intervenções alimentares que visam à melhora da microbiota — com o uso de prebióticos, probióticos e simbióticos, por exemplo — podem promover redução de peso, melhora da resistência à insulina, dos lipídios sanguíneos e diminuição da inflamação sistêmica.

Indivíduos obesos, normalmente, apresentam alterações na microbiota, o que pode favorecer maior absorção calórica e acúmulo de gordura. A condição de disbiose intestinal também pode aumentar a permeabilidade intestinal, facilitar a entrada de toxinas e estimular uma inflamação crônica de baixo grau, favorecendo a resistência à insulina e a obesidade.

Outro aspecto importante é que a microbiota influencia o comportamento alimentar por meio do eixo intestino–cérebro, produzindo neurotransmissores e substâncias que afetam diretamente o apetite, o humor e os circuitos de recompensa cerebral. Estudos em humanos e animais reforçam essa ligação, mostrando que a alteração da microbiota pode impactar o controle do apetite e da compulsão alimentar.
É nesse universo de descobertas que o Prof. Dr. Durval Ribas Filho — médico nutrólogo, Fellow da The Obesity Society (TOS – EUA) e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) — delineou sua palestra “Manejo da Microbiota e Medicações para o Controle de Peso”, no CBN 2025, realizado recentemente, em São Paulo.

O especialista explicou que “é fundamental voltar a atenção para o papel da microbiota em qualquer processo de emagrecimento, pois ela é responsável por regular o metabolismo energético, a saciedade, o comportamento alimentar e a inflamação, que são elementos-chave na obesidade, uma doença crônica e multifatorial”.
Além disso, observou que os atuais fármacos antiobesidade atuam diretamente no controle do apetite e da saciedade. “Por isso, uma combinação de abordagens — com o ajuste da microbiota por meio de uma alimentação equilibrada e saudável, o uso de prebióticos e probióticos, e a prescrição medicamentosa — constitui a melhor conduta. Enquanto os medicamentos promovem uma perda de peso mais rápida e direta, o equilíbrio da microbiota atua de forma abrangente, modulando metabolismo, inflamação e comportamento alimentar. Essa ação conjunta cria um plano mais sustentável e saudável de manejo do peso. Porém, é essencial individualizar o tratamento, acompanhar o paciente em todo o processo, avaliar possíveis efeitos colaterais — se houver uso de fármacos — e, assim, alcançar um caminho eficaz, seguro e personalizado para o controle do peso.”
 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
EDNA APARECIDA VAIROLETTI
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FONTE: www.vspresscomunicacao.com.br
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