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Discutindo bulimia e as expectativas sociais sobre o corpo feminino, solo DEVORA faz curtíssima temporada no Centro Cultural Funarte

DEVORA reúne teatro, performance, dança e recursos audiovisuais a partir de um texto não linear que retrata os diferentes modelos de corpo ideal ao longo do tempo

ANGELINA COLICCHIO BOSISIO
08/10/2025 11h24 - Atualizado há 12 horas
Discutindo bulimia e as expectativas sociais sobre o corpo feminino, solo DEVORA faz curtíssima temporada no
Crédito: Cristiano Pepi

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Idealizado por Fefê Marques, Fabiano Nunes e Felipe de Paula, a Ocupa Garça apresenta DEVORA (10, 11 e 12 de outubro, 20h), no Complexo Cultural Funarte SP. O hibridismo entre teatro e dança norteiam a linguagem do Núcleo, que traz à cena discussões urgentes sobre gênero e identidade. 

 

Idealizada por Fefê Marques e sob direção de Vanise Carneiro, DEVORA parte dos transtornos alimentares para trazer o corpo feminino ao centro da discussão. Entendendo a urgência em desconstruir e repensar o sujeito feminino e sua relação com a corporeidade, apresenta uma autobiografia ficcional sobre as consequências da abordagem mecanicista no imaginário  das mulheres contemporâneas. O espetáculo conta com o apoio da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares - ASTRALBR e, após cada sessão, haverá uma conversa com o público e uma pessoa convidada de áreas distintas, como psicologia e nutrição, a respeito de assuntos que norteiam a obra.

 

DEVORA levou quatro anos para ficar pronto, entre processo de escrita, criação e amadurecimento da trama, que foi organizada também no Núcleo de Dramaturgia  Feminista, comandado por Maria Giulia Pinheiro. O solo discute gênero e corpo a partir de um recorte autobiográfico sobre a bulimia para refletir sobre como padrões de beleza, disciplina e produtividade moldam e aprisionam corpos femininos ao longo da história, fazendo com que mulheres sintam que precisam se diminuir, se acovardar diante da sociedade.

 

“Percebi que minha experiência pessoal não está isolada. Ela se conecta a um processo histórico, desde quando o corpo passou a ser regulado como máquina produtiva, em nome da excelência e da disciplina. É nesse terreno que o mito da beleza se instala e que os transtornos alimentares encontram espaço para se desenvolver”, comenta Fefê Marques.

 

A artista também conta que o solo procura traçar um eixo histórico para discutir as expectativas sobre o corpo feminino, trazendo como referência as ideias de corpo-máquina acentuadas na Primeira Revolução Industrial, fato histórico que enfatizou a necessidade do ser humano aprimorar sua produtividade e buscar excelência no ofício, sem uma reflexão crítica sobre as implicações desses novos parâmetros.

 

A trilha sonora, assinada por Felipe de Paula, inspira-se em ritmos brasileiros, com ecos do funk e de outras sonoridades brasileiras, evocando a ideia de um “corpo em festa”. A música acompanha os movimentos de avanço e recuo da cena e conduz a narrativa até um desfecho em clima de carnaval.

 

Sinopse
Obcecada com a nova aparência da tia, uma mulher ignora os riscos à sua saúde e parte em busca de um corpo magro. Em um delírio da fome ela se espreme para caber em espaços cada vez menores, e nesses lugares encontra outras mulheres que foram acometidas por distúrbios alimentares. De forma ácida, o texto apresenta os mecanismos de controle reservados aos corpos femininos desde a Idade Moderna. Com uma trilha sonora tipicamente brasileira, Devora reúne teatro, performance, dança e recursos audiovisuais a partir de um texto que retrata os diferentes modelos de “corpo ideal” ao longo do tempo.

 

FICHA TÉCNICA

Atuação e Dramaturgia - Fefê Marques

Direção - Vanise Carneiro

Dramaturgismo - Carol Pitzer

Cenário e Figurino - Carol Roz e Bia Pieratti

Iluminação - Thatiana Moraes

Trilha Sonora - Felipe de Paula

Criação de Vídeo Mapping - Carol Costa

Operação de Vídeo Mapping - Morim Lobato

Coreografia do Funk - Leandro Vieira

Adereços - Fernanda Frate e Bruno Mazzarro

Fotos - Cristiano Pepi

Design gráfico - Karen Cardoso - KGC ART

Design Gráfico Ocupa Garça - Gabriel Rischbieter
Assessoria de Imprensa - Angelina Colicchio e Diogo Locci - Pevi 56 

Influência - Agência Mosaico
Apoio - ASTRALBR

Produção Ocupa Garça - Fabiano Nunes e Fefê Marques

Realização - Garça Cultural e Teatro Líquido
 

SERVIÇO
DEVORA

Datas: 10, 11 e 12 de outubro, sexta, sábado e domingo, às 20 horas

Ingressos: Inteira R$ 50,00 | Meia entrada R$ 25,00 | Sympla

Local: Sala Renée Gumiel – Complexo Cultural Funarte SP. Alameda Nothmann, nº 1058, Campos Elíseos.

Duração: 55 minutos 

Classificação: 16 anos

 

Assessoria de Imprensa Pevi 56

Angelina Colicchio – (11) 99299-2877

Diogo Locci – (11) 99906-0642 

[email protected] | [email protected]
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ANGELINA COLICCHIO BOSISIO
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FONTE: Crédito: Cristiano Pepi
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