Inteligência Artificial na advocacia: o que muda com as novas regras da OAB e do CNJ em 2025-2026
Referência em marketing jurídico e branding, Ana Luiza Milagres, da Agência Casus, analisa as novas diretrizes e explica como a IA pode apoiar advogados na produção de peças e no posicionamento digital.
HABLA FM
08/10/2025 15h32 - Atualizado há 12 horas
Na imagem Ana Luiza Milagres, imagem concedida pela entrevistada para fins jornalísticos
A inteligência artificial chegou ao mercado jurídico prometendo revolucionar a forma como escritórios se comunicam, captam clientes e otimizam processos. Em novembro de 2024, o Conselho Federal da OAB aprovou recomendações para orientar o uso ético da IA generativa, enquanto o CNJ publicou em março de 2025 a Resolução nº 615, estabelecendo diretrizes sobre inteligência artificial no Poder Judiciário. Para Ana Luiza Milagres, autoridade em marketing jurídico para escritórios de advocacia e fundadora da Agência Casus, o grande desafio não é apenas adotar a tecnologia em conformidade com as novas normas, mas saber usá-la sem perder o elemento mais valioso do direito: o relacionamento humano. O que dizem OAB e CNJ sobre o uso de IA na advocacia
Para o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, "estamos sendo desafiados pelo avanço da IA na advocacia brasileira, e a OAB está atenta e preparada para lidar com essas transformações". O relator da proposta, conselheiro federal Francisco Queiroz Caputo Neto, reforçou que "a recomendação já alerta para o nosso código de ética e disciplina. Com relação aos alertas para os ditames éticos da nossa profissão, essa é a base central da nossa recomendação". A norma é categórica: o uso de IA deve garantir supervisão humana efetiva, sendo vedado o desenvolvimento de soluções que não possibilitem revisão humana ou que gerem dependência absoluta do usuário. Uso de IA para elaborar petições: o que é permitido? A Resolução CNJ nº 615/2025 estabelece que magistrados e servidores do Poder Judiciário podem utilizar ferramentas de IA generativa como apoio à decisão, mas deixa claro que esse uso é de caráter auxiliar e complementar, vedando expressamente a utilização como instrumento autônomo sem devida verificação e revisão humana. Para advogados, as recomendações aprovadas pela OAB estabelecem diretrizes similares: a IA pode auxiliar na produção de peças jurídicas, mas o profissional deve supervisionar todo o processo, garantir a veracidade das informações, manter o sigilo profissional e informar o cliente sobre o uso da tecnologia. O advogado permanece integralmente responsável pelo conteúdo produzido, mesmo quando utiliza ferramentas de inteligência artificial. Vale ressaltar que a Resolução 615 é norma direcionada ao Poder Judiciário, enquanto os advogados devem observar as recomendações da OAB e demais normas aplicáveis à profissão, como o Código de Ética e Disciplina. IA como ferramenta estratégica, não substituta
Para Ana Milagres, a inteligência artificial pode ser aplicada em diversas frentes dentro de um escritório de advocacia, desde o desenvolvimento de peças jurídicas até a otimização das rotinas operacionais, como atendimentos, acompanhamento de casos e gestão de relacionamento com clientes. No entanto, a especialista alerta que a tecnologia precisa ser vista como uma ferramenta de apoio, não como um substituto da expertise e sensibilidade do advogado. "A comunicação é relacionamento. É importante escutar atentamente antes de responder. O que é rotina para o advogado pode ser a primeira vez que a pessoa passa por aquilo, e o desespero é alto. Então, o atendimento humanizado pode ser a chave para a conversão daquele atendimento em um acompanhamento mais longo", destaca Ana. Principais aplicações da IA no marketing jurídico
De acordo com a Agência Casus, escritórios de advocacia que já adotam inteligência artificial de forma estratégica têm utilizado a tecnologia principalmente para: Otimização de conteúdo: A IA auxilia na produção de artigos, posts e materiais educativos, acelerando o processo criativo e sugerindo temas relevantes com base em dados de busca e tendências do mercado jurídico. Geração de leads qualificados: Ferramentas de IA analisam o comportamento do público e identificam potenciais clientes com maior probabilidade de conversão, permitindo campanhas mais assertivas e com melhor retorno sobre investimento. Automação de atendimento inicial: Chatbots inteligentes conseguem responder dúvidas básicas, agendar consultas e qualificar leads, liberando a equipe jurídica para focar em demandas mais complexas, sempre com supervisão adequada. Análise de dados e métricas: Plataformas com IA processam grandes volumes de informações sobre engajamento, conversões e comportamento do público, oferecendo insights estratégicos para ajustes de campanhas em tempo real. Personalização da comunicação: A tecnologia permite segmentar audiências e criar mensagens personalizadas em escala, aumentando a relevância e efetividade das ações de marketing, sempre respeitando os limites éticos da profissão. O equilíbrio entre tecnologia e identidade
Um dos principais cuidados apontados por Ana Milagres é manter a identidade e o tom de voz do escritório, mesmo com o uso intensivo de IA. "Quem fala muito sobre si comunica que sabe pouco sobre o assunto-chave. Use a IA para otimizar a sua rotina e não para apagar a sua identidade. Quem entender como se conectar com seu público estará passos à frente do seu concorrente", orienta. A fundadora da Agência Casus reforça que a inteligência artificial deve servir para amplificar a expertise do advogado, não para padronizar ou despersonalizar a comunicação. "Transformamos conhecimento jurídico em narrativa acessível e estratégica, educando o público e construindo confiança de forma consistente. A IA acelera esse processo, mas o conteúdo precisa manter a essência e a autoridade do profissional", explica. Segundo Ana Milagres, escritórios que adotarem IA sem observar as diretrizes éticas e regulatórias podem enfrentar riscos reputacionais significativos. "É fundamental que os escritórios utilizem essas ferramentas dentro dos parâmetros éticos estabelecidos pela OAB e em conformidade com a LGPD. A tecnologia deve amplificar a expertise do advogado, nunca substituí-la ou comprometer a qualidade do atendimento ao cliente", orienta a especialista. Marketing jurídico em tempos de IA: tendências e desafios
O Brasil conta atualmente com mais de 1,4 milhão de advogados inscritos na OAB, segundo dados do Conselho Federal. Em um mercado tão saturado, a tecnologia surge como diferencial competitivo para quem souber utilizá-la de forma estratégica. "O maior empecilho de um advogado não é a concorrência ou a quantidade de advogados presentes no mercado, mas sim o fato de ser invisível. O mercado mudou e, com ele, as regras de diferenciação. A IA pode ajudar escritórios a serem encontrados, reconhecidos e lembrados, mas apenas se usada com estratégia", avalia Ana Milagres. Na visão da especialista, escritórios que conseguirem equilibrar automação com humanização, eficiência com personalização, e tecnologia com identidade, terão vantagem competitiva significativa nos próximos anos. Método Casus e a transformação digital responsável de escritórios
O Método Casus, desenvolvido por Ana Milagres, integra inteligência artificial com estratégias de conteúdo jurídico, autoridade, segmentação, unificação de voz e sustentabilidade do crescimento, sempre em conformidade com as diretrizes éticas e regulatórias. A metodologia já transformou diversos escritórios em referências de autoridade em seus segmentos, com resultados medidos em reconhecimento, conversão e faturamento. “A mensagem é clara: inovação e ética caminham juntas. O futuro da advocacia dependerá menos da velocidade com que se adota a tecnologia e mais da consciência com que ela é aplicada.” finaliza Ana Milagres.
Sobre Ana Luiza Milagres
Ana Luiza Milagres (@analuiza.milagres) é autoridade em estratégia de marcas e marketing jurídico. Fundadora da Agência Casus (@ag.casus), referência no posicionamento de escritórios de advocacia, desenvolveu o Método Casus, que transforma escritórios comuns em referências de autoridade e reconhecimento no mercado. Com experiência prática em cases de destaque nacional, Ana posiciona clientes como líderes em nichos específicos de direito. Sobre a Agência Casus
A Agência Casus é especializada em branding e posicionamento estratégico para escritórios de advocacia. Com o Método Casus, a agência integra conteúdo jurídico, autoridade, segmentação, unificação de voz e sustentabilidade do crescimento, entregando resultados medíveis em reconhecimento e faturamento para clientes em todo o Brasil. Para consultoria em marketing jurídico e implementação responsável de IA em escritórios de advocacia, entre em contato através do LinkedIn ou Instagram. Contato para imprensa:
Ana Luiza Milagres é referência nacional em marketing jurídico e branding jurídico, fundadora da Agência Casus e criadora do Método Casus, reconhecido por transformar escritórios de advocacia em marcas de autoridade no Brasil. Para acompanhar no LinkedIn:
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ROBERTA FABIANI DA TRINDADE
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