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Pesquisa aponta que 24% das crianças e jovens brasileiros têm algum tipo de deficiência e segundo especialistas a mídia pode transformar autoestima e inclusão

Recentemente, o jornalista Fernando Fernandes e os personagens Pam e Peter, da novela Dona de Mim (Globo), deram visibilidade ao tema

ODARA COMUNICA
01/10/2025 18h14 - Atualizado há 2 horas
Pesquisa aponta que 24% das crianças e jovens brasileiros têm algum tipo de deficiência e segundo
Divulgação

A televisão e o jornalismo esportivo sempre foram vitrines de cultura e comportamento no Brasil. Nos últimos anos, tem crescido a presença de pessoas com deficiência em posições de destaque, não apenas como atletas ou personagens de “superação”, mas como profissionais de comunicação, protagonistas de novelas e referências de opinião. Segundo dados do IBGE, 24% das crianças e jovens brasileiros têm algum tipo de deficiência, o que reforça a importância de representatividade em todas as esferas sociais.

Recentemente, nomes como o do jornalista Fernando Fernandes e personagens como Pam e Peter na novela Dona de Mim (TV Globo) deram visibilidade ao tema. Fernandes, cadeirante após um acidente, consolidou sua carreira não só no esporte, mas também na bancada do Esporte Espetacular. Já Pam (Haonê Thinar) e Peter (Pedro Fernandes) mostram no horário nobre vidas cotidianas, com trabalho, vínculos afetivos e desafios, sem serem reduzidos à condição de pessoas com deficiência. Esse tipo de representação é fundamental para que crianças e jovens se reconheçam e ampliem seus horizontes de possibilidades.

Segundo a psicopedagoga e CEO da Blue Clin, Roberta Batista, “A representatividade na mídia é também um ato pedagógico. Quando a criança vê alguém como ela, atuando com competência e dignidade, aprende que sua diferença não é um limite, mas uma característica. E quando vê o outro ocupando esse espaço, aprende a respeitar e valorizar. Cada personagem e cada profissional que rompe o silêncio contribui para ensinar empatia, cidadania e inclusão.”

A diretora pedagógica do Colégio VIP, Fabiana Marçal, reforça: “A escola é o espaço onde cada criança deve se sentir vista, valorizada e capaz. Quando a mídia mostra pessoas com deficiência com dignidade e protagonismo, abre-se um caminho para que nossos alunos aprendam a enxergar a diversidade como riqueza. Como educadores, precisamos transformar essa inspiração em práticas reais de acolhimento, para que nenhuma criança se sinta invisível.

Para Roberta, apesar dos avanços, ainda há muito a ser conquistado. “É preciso ampliar a participação de pessoas com deficiência nos bastidores da mídia, diversificar narrativas para que não fiquem apenas no campo da ‘superação’ e garantir acessibilidade plena em todos os veículos. O futuro pede mais diversidade real, tanto nas telas quanto fora delas”, finaliza a psicopedagoga.


 

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WILLIAN DE SOUZA ROCHA
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