Se no dia 14 de setembro você passou perto do Colégio Raphael Di Santo, no Jardim Garcia, deve ter achado que tinha caído dentro de um anime. Campinas respirou cultura geek no Otaku no Ie RDS, evento que reuniu mais de mil pessoas em um dia inteiro de cosplay, games, K-pop e tudo aquilo que faz o coração otaku bater mais rápido.
E não era só mais uma edição: a festa geek marcou os 40 anos do Colégio Raphael Di Santo e os 20 anos do Otaku no Ie. Resultado? Uma mistura de gerações que mostrou que ser fã nunca sai de moda — só ganha novos consoles, animes e playlists de K-pop.
Quem passou pelo palco do concurso de cosplay viu personagens ganhando vida em desfiles cheios de atitude. Teve animekê para soltar a voz nas aberturas de anime favoritas, além de um show de talentos cosplay que arrancou gritos da galera.
Se você é gamer raiz, a arena da Nostalgic Games foi praticamente um parque de diversões. Tinha Super Nintendo para os nostálgicos, PlayStation 1 ao 5 para mostrar a evolução e até fliperama com mais de 10 mil jogos. E não parou aí: Just Dance para suar com os amigos, campeonatos para quem curte adrenalina e até watchparty gamer para assistir e vibrar junto.
O lado MMO também brilhou com títulos como RF Online (Fênix), Kerseff WYD e Flyff Brazuca, enquanto a cena indie marcou presença com jogos fresquinhos prontos para conquistar novos fãs.
O espaço de card e board games foi aquele cantinho que juntou veteranos de Magic e Pokémon TCG com iniciantes que queriam aprender. Mas quem roubou a cena foi o Oroman TCG, card game 100% brasileiro que fez a galera duelar entre dimensões com uma pegada inspirada na teoria das cordas. Inovador, criativo e com cheiro de futuro hit da cena geek nacional.
E claro que não podia faltar o brilho do K-pop. Em parceria com a K-lights, o espaço virou uma balada temática, com DJ especializado, expositores e muita energia de fandom. Quem já conhece as festas K-lights de Campinas sabe: não é só música, é identidade, coreografia e encontro de comunidade.
No fim das contas, o Otaku no Ie RDS foi mais do que um evento: foi encontro, troca e celebração. Como resumiu Matsu, um dos organizadores: “Foi um evento de fãs para fãs”.
E foi exatamente isso. Campinas viveu um rolê geek que uniu passado e presente, otakus veteranos e novatos, e deixou todo mundo com a sensação de que a cultura pop asiática e ocidental está mais viva do que nunca por aqui.
