A dançarina Gracyanne Barbosa que participa do quadro “Dança dos Famosos”, na TV Globo, sofreu uma ruptura do tendão patelar, lesão considerada rara e séria, segundo explicou o ortopedista e traumatologista do esporte Bruno Canizares. A estrutura lesionada é essencial para a movimentação básica do joelho e, sem ela, atividades simples tornam-se quase impossíveis.
“O tendão patelar conecta a patela à tíbia e permite que a gente estenda o joelho. Quando se rompe, o paciente perde a capacidade de realizar esse movimento de forma adequada”, detalhou o especialista.
A solução é cirúrgica. O procedimento consiste em reaproximar as extremidades rompidas e fixá-las novamente ao osso. “O objetivo é restaurar a continuidade do tendão, permitindo que o joelho volte a ter sua função de extensão”, acrescentou o ortopedista.
O tratamento não termina no centro cirúrgico. Após a operação, o paciente passa por uma fase inicial de imobilização, seguida por fisioterapia progressiva. “A reabilitação busca devolver mobilidade, recuperar a força muscular, principalmente do quadríceps, e restabelecer a coordenação motora. É fundamental o trabalho conjunto entre médico, fisioterapeuta e, mais adiante, preparador físico”, destacou o doutor.
O tempo estimado para o retorno às atividades intensas é de 6 a 9 meses, dependendo da disciplina na fisioterapia, idade e condicionamento prévio. “Não é uma recuperação rápida. Para esportes de alto rendimento ou dança, exige paciência e dedicação”, ressaltou.
Segundo o ortopedista, a ruptura do tendão patelar não é frequente como a de ligamentos do joelho, mas ocorre em situações específicas. “É mais comum em atletas de alta performance, em pessoas expostas a sobrecarga repetitiva ou esforço extremo, e também em quem tem doenças ou condições que fragilizam o tendão”, explicou.
O risco está especialmente ligado a movimentos explosivos, como saltos e corridas de arranque, ou ainda no levantamento excessivo de peso. “Se o tendão não suportar a carga, ele pode se romper. Por isso, preparo adequado e fortalecimento equilibrado são indispensáveis”, alertou.
O problema afeta a autonomia básica do paciente. “No momento da lesão, a pessoa não consegue andar normalmente, subir escadas ou sequer levantar-se de uma cadeira. É algo que limita drasticamente a rotina”, concluiu o médico.
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ANA CAROLINE DA SILVA TEBERGA GALVAO
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