“Não se Esqueça de Mim” estreia curta temporada em 2 de outubro no Teatro Cacilda Becker, no bairro da Lapa, em São Paulo
Montagem do grupo “Na Companhia de Mulheres” convida à reflexão sobre o envelhecer e suas potências
REDACÃO OFICIO DAS LETRAS
29/09/2025 17h57 - Atualizado há 4 horas
Karina Iliescu
Quebrar tabus relacionados ao envelhecer. Este foi o mote da criação da peça “Não se Esqueça de Mim” , contemplado pelo 20º Prêmio Zé Renato, que estreou no Teatro Paulo Eiró no mês de agosto e seguiu em temporada no Teatro Alfredo Mesquita faz, agora, faz curta temporada no Teatro Cacilda Becker, de 02 a 12 de outubro, quinta a domingo. Como mulheres frequentemente rotuladas como 'velhas - em des-uso', no pós 60, em sociedades patriarcais e heteronormativas, é crucial levar esse tema para o palco. “Não se esqueça de mim” toca em muitos aspectos da velhice, suas complexidades inseridas num país que está envelhecendo progressivamente apontando novas perspectivas de olhar, além das que culturalmente condicionadas. A peça joga luz nas inversões de paradigmas e no reconhecimento do valor intrínseco da maturidade e da experiência. “Estima-se que até 2050, cerca de um quarto da população brasileira será composta por pessoas idosas. "Não se Esqueça de Mim" aborda a velhice de forma bem-humorada, explorando suas particularidades e idiossincrasias. Ao colocarmos três mulheres em cena, cada uma com suas angústias, aflições, desejos, medos, sexualidade e experiências, buscamos não apenas criar uma identificação com o público, mas também proporcionar reflexões e abrir espaço para futuras discussões sobre esse tema”, complementa a diretora Fabiana Carlucci. No texto estão três amigas de colégio que se encontram de tempos em tempos para dividir suas alegrias, medos, desejos e afetos. Próximas de completarem 60 anos a questão do envelhecer, nesse momento, parece mais latente. Com a liberdade que existe entre velhas amigas, elas discutem, se desculpam, relembram histórias e se divertem. Desta vez, o que o encontro propõe, é que todas se reinventem. Num universo autoficcional, “Não se Esqueça de Mim” apresenta situações e lugares que fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa que se deixa atravessar por esse tema. Sinopse Três amigas de longa data na faixa dos 60 anos se encontram de tempos em tempos para colocar a vida e seus acontecimentos em dia.
Neste encontro, porém, é dada uma missão: Que cada uma se reinvente.
Na Companhia de Mulheres
O grupo “Na Companhia de Mulheres”, foi formado em 2004 por três atrizes Abigail Tatit , Edi Fonseca e Zeza Mota com vontade de discutir a posição feminina no mundo atual, sua história ao longo da linha do tempo e seus diversos papéis nela vividos. Desde então, foram produzidos seis espetáculos. “Não se Esqueça de Mim” é a sétima produção do grupo, que procura explorar diferentes linguagens teatrais por meio da visão de novos diretores, trazendo à tona questões contemporâneas que buscam lançar discussões para públicos diversos. Trabalhos anteriores do grupo Na Companhia de Mulheres Para Gelar a Alma Inspirado em contos de Edgar Allan Poe, Dramaturgia e Direção Márcio Araújo. Estreou em Junho de 2015. Trata-se de um espetáculo-instalação de imaginação, mistério e terror inspirado em contos de Edgar Allan Poe, onde três benzedeiras, amaldiçoadas de morte, Ligeia, Morella e Berenice, recebem a plateia para seus rituais, simpatias e contam suas histórias de como sobreviveram à maldição de morte. Ultralight de Jarbas Capusso Filho, direção de Tatiane Daud. Agosto a Novembro de 2008. A peça da solidão mútua, coletiva. Do auto abandono à distância que engole o tempo, que conspira desde a infância contra todos nós. ULTRALIGHT fala das armadilhas na sala de jantar e das minas enterradas no chão da cozinha ou nas areias da praia. O espetáculo ULTRALIGHT delata o impacto da violência sexual no universo feminino, com ênfase nas diferentes reações às quebras de códigos culturais milenares de conduta familiar. Sexo Oral de Celso Cruz, direção Eduardo Chagas. Agosto a Novembro de 2007. Aborda um desejo comum ao ser humano: o encontro da cara-metade, de um outro que nos complete, do amor. E é com muito humor e leveza que o texto retrata essa eterna e mais antiga busca humana e seus conflitos. É um folhetim romântico, que mostra de maneira divertida, situações comuns na vida de qualquer casal. O riso é inevitável nessa comédia cheia de humanidade. Mas quando a gargalhada dá lugar ao silêncio, a risada dá lugar à reflexão, é que nos damos conta que de certa forma somos nós as personagens principais dessa comédia. O Canto das Baleias de Murilo Dias Cesar e Jarbas Capusso Filho, direção Alexandre Reinecke. Junho a Novembro de 2006. O texto visa provocar - com muito bom humor - uma reflexão sobre a mercantilização do ensino superior. O enredo é simples, de fácil e imediata comunicação com o público. Duas mulheres de classe-média assalariada, endividadas e sem condições de continuar a pagar as mensalidades de seus filhos universitários, sequestram o proprietário de uma das maiores faculdades privadas brasileiras. Resgate exigido: total das mensalidades até a formatura dos rapazes. Canaã, a Terra Prometida de Jarbas Capusso Filho, direção de Carlos Meceni. Novembro a Dezembro de 2005. A luta de uma família que mora num terreno invadido, ao lado de um lixão, na periferia de São Paulo e se vê as voltas com uma ordem de despejo. Sobreviver em tais condições de vida... Até onde a opção do crime (não) é uma alternativa. Até onde a opção do crime (não) é uma alternativa de sobrevivência à atroz desigualdade social que assola o nosso país há décadas? O que cada um pode fazer por si e pelo outro para romper com o círculo vicioso de uma sociedade que alimenta a fome, a falta de moradia, o desemprego, a ignorância e a marginalidade? Um dia Jarbas ouviu que bandido assim já nasce, cresce e morre. Nasce, cresce e morre ou onde e como nascemos, crescemos e sobrevivemos determina o que seremos? Foi pensando nessas questões que Canaã começou a ser escrito. A intenção não é respondê-las, e sim provocar a reflexão sobre esses temas tão caros à nossa sociedade. Brincando em Cima Daquilo de Dario Fo e Franca Rame, direção Roberto Vignati. Março de 2004 a Abril de 2005 A escolha dos esquetes que compõem BRINCANDO EM CIMA DAQUILO levou-nos a um olhar mais atento sobre as relações mulher/sociedade, mulher/mãe, mulher/esposa, mulher/trabalho. É sobre esta mulher e sua trajetória, como hoje se comporta e seu universo, que nos propusemos contar, mostrar, divertindo e emocionando a plateia. Ficha Técnica Dramaturgia: Abigail Tatit Direção: Fabiana Carlucci Atrizes: Abigail Tatit, Edi Fonseca e Zeza Mota Cenário: Laura Vinci Luz: Marisa Bentivegna Figurino: Joana Porto Trilha: Dani Mônaco Preparação corporal: Ciça Meirelles Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro Produção: Grupo Na Companhia de Mulheres Assistente de Produção: Ceci Fonseca Fotos e Vídeos: Karina Iliescu Técnica de Som: Débora Lima Contrarregragem: Esther Queiroz Designer Gráfico: Tati Tatit Serviço: “Não se Esqueça de Mim” Classificação etária – 10 anos Duração - 60 minutos Teatro Cacilda Becker DATAS – De 02 a 12 de outubro, quinta a domingo Quinta a sábado, às 21h e dom às 19h Local: Teatro Cacilda Becker Rua Tito, 295 (Lapa) 198 lugares Gratuito Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ADRIANA MARIA MONTEIRO
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