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Educação Corporativa é Antídoto para a Rotatividade no Varejo e Franquias

Setores de supermercados, farmácias e franquias enfrentam escassez de mão de obra e alta rotatividade; capacitação aparece como estratégia-chave para retenção e crescimento.

LILI LUCHIN - ECONOMíDIA
29/09/2025 11h58 - Atualizado há 4 horas
Educação Corporativa é Antídoto para a Rotatividade no Varejo e Franquias
divulgação
O mercado de varejo e franquias no Brasil mantém trajetória de crescimento, mas enfrenta um desafio que ameaça sua sustentabilidade: a falta de mão de obra qualificada e o alto índice de rotatividade. De acordo com a pesquisa global da ManpowerGroup (2025), 81% dos empregadores brasileiros relatam dificuldade em contratar profissionais preparados. O problema atinge especialmente setores intensivos em mão de obra, como supermercados, farmácias e redes de franquias.
O varejo alimentar, por exemplo, representa 9,12% do PIB nacional, movimentando R$ 1,067 trilhão por ano e empregando mais de 9 milhões de pessoas (ABRAS, 2025). Apesar da força, o setor sofre com a rotatividade: a taxa média de turnover chega a 58,2% ao ano, segundo levantamento da ASSERJ/Future Tank (2024), com índices ainda mais elevados em algumas regiões.
No varejo farmacêutico, as grandes redes associadas à Abrafarma registraram R$ 103,14 bilhões em faturamento em 2024, um avanço de 14,2% sobre o ano anterior (FIA-USP/Abrafarma). Já o franchising segue como motor do empreendedorismo brasileiro, com R$ 273 bilhões em faturamento em 2024, distribuídos em 197,7 mil operações e garantindo mais de 1,7 milhão de empregos diretos (ABF, 2024).
Para Américo José, sócio-diretor da Cherto Consultoria e responsável pela área de educação corporativa, os números são um alerta:
“Sem investir em gente, o varejo vira uma porta giratória. Você contrata hoje, perde amanhã, e isso custa caro. Investir em educação é investir em permanência, em produtividade e em cliente satisfeito”, afirma.
A importância da educação corporativa se comprova em estudos recentes. Segundo o LinkedIn Workplace Learning Report (2024), empresas com cultura forte de aprendizagem retêm 57% mais colaboradores e promovem 23% mais mobilidade interna. O Work Institute (2025 Retention Report) reforça que 63% dos desligamentos em 2024 foram motivados por razões evitáveis, como falta de desenvolvimento de carreira, desequilíbrio entre vida pessoal e profissional ou falhas de gestão — sendo que 18,9% ocorreram especificamente pela ausência de oportunidades de crescimento.
Américo destaca que a capacitação deve ser encarada como parte da operação, e não como um custo acessório: “O nosso papel, quando falamos de capacitação, é transformar cada loja, cada franquia, em uma verdadeira escola. É nesse espaço que a cultura se transmite, que a liderança se forma e que o negócio ganha consistência”
O especialista ressalta ainda que investir em trilhas de aprendizado é uma forma de preparar empresas de todos os portes para o futuro: “Eu costumo dizer que quem começa pequeno, mas aprende com consistência, cresce. Educação é o ativo que prepara a empresa para o futuro, seja ela uma rede de supermercados, uma farmácia ou uma franquia de serviços”
O cenário deixa claro: a solução não está apenas em contratar, mas em educar. Empresas que se posicionam como “empresas-escola” conseguem reduzir o turnover, aumentar o engajamento e criar bases sólidas para crescer de forma sustentável.


 

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LILIANE NASCIMENTO LUCHIN
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