MENU

Magreza extrema: entenda como esse movimento pode impactar a saúde física e mental; saiba quais são os riscos

Como promover uma relação saudável com o corpo e preservar o bem-estar

FERNANDA SENE
29/09/2025 08h55 - Atualizado há 2 horas
Magreza extrema: entenda como esse movimento pode impactar a saúde física e mental; saiba quais são os riscos
Freepik / Divulgação
A estrela de Emily em Paris se tornou o assunto mais comentado das redes sociais. Lily Collins marcou presença na Semana da Moda em Nova York, que, além de ser uma vitrine de tendências, é também um espaço para críticas cruéis sobre a aparência física das famosas que circulam pelo evento. 
 
A atriz, conhecida por seu corpo esbelto, chamou a atenção pela magreza extrema. Vale lembrar que Lily sofreu com anorexia nervosa durante a adolescência e o início da vida adulta, por causa das pressões impostas pela indústria do entretenimento. Em entrevistas anteriores, ela comentou que passou por momentos difíceis lidando com o transtorno alimentar, que foi superado com ajuda profissional.
 
Com isso, voltou à tona o debate sobre a ditadura da magreza extrema. Para entender o impacto da polêmica na saúde mental e física em jovens - especialmente nas mulheres – conversamos com a psicóloga Eliana Gonçalves. 
 
Ser magro é a garantia para uma vida perfeita?
 
Muitos jovens passam a acreditar que emagrecer é sinônimo de sucesso, beleza, felicidade e aceitação social. 
 
“A busca obsessiva pela magreza pode desencadear transtornos como anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Dietas e comportamentos compensatórios, por exemplo exercícios, são comuns entre jovens que se sentem cada vez mais pressionados a se encaixar nesse padrão ideal”, comenta Eliana Gonçalves, psicóloga clínica com atuação em Psicoterapia na INSELF Neuropsicologia Avançada.
 
Dados oficiais mostram que os transtornos alimentares têm alta prevalência entre aqueles que estão na adolescência e juventude, atingindo muito mais mulheres do que homens. No Brasil, estima-se que cerca de 4,7 % da população sofre com algum transtorno alimentar, número que pode subir para 10 % entre os jovens.
 
A psicóloga defende a importância de promover uma cultura de aceitação corporal, equilíbrio alimentar e prática de atividade física livre de modismos e padrões inalcançáveis. Há uma crença disfuncional de que a magreza, se trata de beleza, saúde e que terá uma vida mais feliz.
 
Existe uma relação direta e preocupante entre a pressão por emagrecer e o aumento de casos de transtornos alimentares, especialmente entre jovens e mulheres. Essa conexão é amplamente reconhecida por especialistas em saúde mental e comportamento alimentar.
 
“O uso de medicamentos como o Ozempic com foco exclusivamente estético — e não por indicação médica — pode desencadear uma série de efeitos psicológicos preocupantes, especialmente em pessoas vulneráveis à pressão estética. Os principais riscos são: transtornos alimentares e dismórfico corporal; dependência emocional do medicamento; transtorno de ansiedade generalizada (TAG); rebaixamento do humor – depressão”, alerta a psicóloga.
 
Nos anos 2000, a cultura da magreza, ficou marcada por muitos casos de anorexia e bulimia, e atualmente, as redes sociais ajudam a impulsionar a valorização da magreza extrema como padrão estético ideal, fazendo ressurgir, tendência associada aos distúrbios alimentares.
 
Familiares e amigos são peças fundamentais e podem identificar sinais de que a pessoa está realizando práticas nocivas ligadas à busca pela magreza. “Reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença. A busca obsessiva pela magreza pode se manifestar de forma sutil no início, mas familiares e amigos atentos conseguem perceber mudanças no comportamento, na rotina e na forma como a pessoa se relaciona com o corpo e a alimentação”, observa a psicóloga clínica com atuação em Psicoterapia na INSELF Neuropsicologia Avançada.
 
Principais sinais físicos de que algo está errado:
• Recusa frequente de refeições, especialmente em público.
• Realização de dietas extremamente restritivas ou eliminação de grupos alimentares inteiros (como carboidratos ou gorduras).
• Uso excessivo de adoçantes, suplementos ou substitutos de refeição.
 
Alternativas saudáveis de cuidado com o corpo e com a imagem:
• Cultivar hábitos como alimentação equilibrada, sono adequado e atividade física regular com foco em energia, disposição e saúde mental, não em emagrecimento.
• Valorizar o corpo por sua funcionalidade — o que ele permite fazer —, em vez de ser por sua aparência.
• Buscar apoio profissional com psicólogo com intuito de por exemplo ressignificar certos pensamentos disfuncionais. 
 
Dica da especialista: o filme “O Mínimo para Viver” (2017), está disponível na Netflix, é prot
agonizado por Lily Collins e retrata a complexidade da anorexia e a luta diária contra a doença que afeta milhões de pessoas no mundo. 
 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
PATRICIA FERNANDA DE SENE
[email protected]


Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://agitomax.com.br/.