São Paulo, agosto de 2025 - A busca por mais eficiência e qualidade nutricional nas refeições de pessoas em tratamentos médicos tem levado o setor de saúde a adotar novas soluções para a cozinha profissional, entre elas, o uso de vegetais congelados. Redes hospitalares já consomem em torno de 100 toneladas desses alimentos por ano, evidenciando a força da categoria como alternativa prática e segura, principalmente pela retenção de nutrientes e controle biológico, conforme explica Michele Funari, diretor comercial e de Marketing da Grano Alimentos, empresa referência no setor.
Entre as principais redes hospitalares que já utilizam vegetais congelados da Grano Alimentos estão algumas das mais reconhecidas do país, como Rede D’Or — a maior rede de hospitais do Brasil —, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Santa Marcelina, HCor, Centro Médico de Campinas e Hospital São Camilo. Essas instituições incorporam a categoria em cardápios variados, que vão desde preparações mais simples até pratos premium, garantindo sabor, qualidade nutricional e segurança alimentar em grande escala.
Entre os vegetais congelados mais adquiridos por essas redes estão, em ordem de demanda: brócolis, couve-flor, ervilha, vagem, cenoura, mandioca, milho, espinafre e mix de legumes. Esses itens são utilizados em diferentes preparações, atendendo desde dietas restritivas até refeições completas e balanceadas, com padronização de sabor e qualidade em todos os serviços. Juntas, as redes já adquiriram mais de 48 mil toneladas de vegetais congelados da Grano Alimentos.
Mais segurança nutricional para pacientes
Estudos publicados pelo Journal of the Science of Food and Agriculture, indicam que, ao serem colhidos e rapidamente submetidos ao congelamento, os vegetais mantêm níveis estáveis de nutrientes importantes como fibras, minerais e vitaminas lipossolúveis, como A, E e K. A vitamina C, por exemplo, que é extremamente sensível, pode ter perdas iniciais durante o processo de branqueamento, mas ainda assim é mais preservada do que em vegetais frescos armazenados por muitos dias sob refrigeração, podendo perder até 50% do nutriente, segundo o mesmo estudo.
“O congelamento logo após a colheita preserva as vitaminas e minerais dos vegetais por mais tempo, sem necessidade de conservantes ou aditivos. Na Grano Alimentos, por exemplo, o processo de colheita até o congelamento do produto leva até duas horas, mantendo todos os nutrientes em um patamar muito mais elevado se comparado aos vegetais in natura, uma vez que da colheita até o consumidor final, muitas vezes, levam-se dias”, explica.
Outro benefício para pacientes com imunidade fragilizada, é a segurança alimentar. Nesse aspecto, os vegetais congelados oferecem uma vantagem importante: passam por rigorosos processos de higienização e controle de qualidade antes do congelamento, reduzindo significativamente o risco de contaminações. O próprio congelamento atua como barreira contra a proliferação de microrganismos, garantindo que o alimento chegue à cozinha dentro dos padrões sanitários exigidos pelos órgãos reguladores.
Mais benefícios para o setor
Entretanto, este é apenas um dos motivos pelo qual os vegetais congelados passaram a ter atenção do setor de saúde. A categoria também contribui para a otimização de porcionamento, importante para pacientes com dietas controladas, por exemplo, sendo possível controlar o valor nutricional de cada paciente. Por serem entregues já higienizados, cortados e prontos para uso, permitem um dimensionamento mais preciso das quantidades utilizadas em cada preparo, além de ser fundamental em cozinhas hospitalares por conta do alto volume e da consistência de preparos.
Outro benefício do uso de vegetais congelados no segmento de saúde está ligado à logística e operação. “O produto congelado tem vida útil mais longa e permite maior planejamento no abastecimento, evitando quebras de estoque e perdas por vencimento”, explica Michele Funari. Com o congelamento, os vegetais podem ser armazenados por até três meses sem impacto na qualidade, oferecendo mais flexibilidade para programar compras e reduzindo a dependência de entregas frequentes. Esse diferencial é especialmente valioso para cozinhas hospitalares, que lidam com cardápios variados, grandes volumes de preparo e rígidas exigências dos órgãos fiscalizadores.
A possibilidade de comprar em grandes quantidades, com menor risco de perdas, traz vantagens logísticas significativas, mas, além de otimizar o uso do espaço de armazenamento e reduzir a necessidade de fretes urgentes, também contribui para a economia financeira. Esses fatores não apenas aumentam a eficiência operacional, como também geram redução de custos com transporte, desperdícios e garante melhor aproveitamento dos insumos.
Sediada em Serafina Corrêa (RS), a Grano está há 24 anos no setor, com uma participação de mercado de mais de 40%, incluindo o que é produzido para outras empresas que comercializam vegetais. Em 2021, aumentou em 50% a disponibilidade de produtos devido à expansão da fábrica. Com aproximadamente 500 funcionários, a companhia opera no sistema de integração, dando suporte técnico aos cerca de 120 agricultores familiares associados, com contratos de compra das safras produzidas durante todo o ano e distribuição para todo o território nacional.
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DAVI DE SÁ VIEIRA DE GOUVEIA LANÇAS
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