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Mercado Imobiliário: Conheça as certidões que são fundamentais para uma transação imobiliária sem dor de cabeça

MARINA GUEDES
24/09/2025 17h19 - Atualizado há 2 horas
Mercado Imobiliário: Conheça as certidões que são fundamentais para uma transação imobiliária sem dor de
Pixabay

Imagine o seguinte cenário: você encontra o imóvel dos sonhos, fecha negócio com entusiasmo e, meses depois, descobre que ele estava envolvido em dívidas ou disputas judiciais. O que era para ser uma conquista vira um enorme problema.

Esse tipo de situação acontece quando compradores ou vendedores deixam de lado um detalhe essencial: as certidões imobiliárias.
Elas funcionam como um escudo de proteção, revelando informações que muitas vezes não estão visíveis em uma visita ou conversa.

Mas afinal, quais certidões realmente importam e por que elas são tão decisivas? Há diversos artigos sobre certidões que podem te ajudar a entender sobre o assunto, mas neste artigo vamos esclarecer os principais pontos, confira!

 

O que são certidões no mercado imobiliário?

As certidões são documentos emitidos por cartórios, tribunais ou órgãos públicos que comprovam a situação jurídica de um imóvel ou de seus proprietários.
Elas reúnem informações sobre dívidas, processos, registros e outros detalhes que podem influenciar diretamente na segurança de uma transação.

Em resumo: são ferramentas para verificar se o imóvel está livre de problemas e se o vendedor pode realmente concluir o negócio.

 

Por que as certidões são tão importantes?

Comprar ou vender um imóvel envolve valores altos e muitas responsabilidades. Qualquer erro pode gerar prejuízos enormes.
As certidões ajudam a:

  • Confirmar a propriedade do imóvel.
  • Verificar se há dívidas ou restrições ligadas ao bem.
  • Garantir que o vendedor está apto a negociar.
  • Evitar que o comprador herde problemas jurídicos.

Sem esses documentos, a negociação pode parecer mais rápida, mas abre espaço para riscos sérios.

 

Principais certidões relacionadas ao imóvel

1. Certidão de matrícula do imóvel

É a mais importante de todas.
Emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis, a matrícula contém o histórico completo do imóvel, incluindo:

  • Quem é o proprietário atual.
  • Transferências anteriores.
  • Possíveis penhoras ou hipotecas.

Sem esse documento, não é possível garantir que o imóvel pertence de fato ao vendedor.

2. Certidão negativa de ônus reais

Também emitida pelo cartório, essa certidão informa se o imóvel possui:

  • Dívidas de financiamento.
  • Penhoras judiciais.
  • Restrições para venda.

Ela dá segurança de que o imóvel está livre para ser transferido.

3. Certidão de quitação de IPTU

O Imposto Predial e Territorial Urbano é um tributo municipal que deve estar em dia. A certidão comprova que não há débitos em aberto com a prefeitura.

4. Certidão de débitos condominiais

No caso de apartamentos ou casas em condomínio, essa certidão mostra se as taxas estão todas quitadas. Dívidas condominiais podem recair sobre o novo dono.

Certidões relacionadas ao vendedor

Além do imóvel, é fundamental verificar a situação do vendedor (pessoa física ou jurídica). Afinal, um problema pessoal pode afetar a transação.

1. Certidões dos distribuidores cíveis

Mostram se o vendedor responde a processos judiciais que possam comprometer a negociação.

2. Certidões trabalhistas

Revelam se a pessoa ou empresa tem pendências ligadas a ações trabalhistas. Em alguns casos, bens podem ser usados para quitar essas dívidas.

3. Certidões fiscais

Emitidas pela Receita Federal, indicam se existem pendências de tributos. Dívidas fiscais também podem gerar bloqueios.

4. Certidão de protesto

Obtida em cartórios de protesto, mostra se o vendedor tem dívidas registradas por falta de pagamento.

Certidões federais e estaduais

Dependendo do local do imóvel e do perfil do vendedor, também podem ser necessárias outras certidões, como:

  • Certidão de ações criminais: confirma se o vendedor responde a processos criminais.
  • Certidão da Justiça Federal: identifica dívidas ou ações em âmbito federal.
  • Certidão de falência e recuperação judicial: importante quando o vendedor é uma empresa.

Esses documentos dão uma visão mais ampla sobre a segurança da transação.

 

Quem deve providenciar as certidões?

Na prática, tanto comprador quanto vendedor podem solicitar as certidões.
O mais comum é que o comprador, por precaução, faça esse levantamento antes de concluir o negócio.

Algumas imobiliárias e escritórios de advocacia também oferecem esse serviço, reunindo todos os documentos necessários para dar tranquilidade às partes envolvidas.

 

Quanto custa tirar as certidões?

O valor varia conforme o tipo de certidão e o órgão emissor.

  • Algumas são gratuitas, como certas consultas online de processos judiciais.
  • Outras têm custos fixos, definidos por tabelas de cartórios e tribunais.

Embora possa parecer um gasto extra, investir nas certidões é muito mais barato do que arcar com prejuízos de um imóvel problemático.

 

Os riscos de ignorar as certidões

Deixar de lado as certidões pode trazer consequências sérias, como:

  • Compra de imóvel que não pertence ao vendedor.
  • Descoberta de dívidas ou impostos atrasados.
  • Envolvimento em disputas judiciais inesperadas.
  • Bloqueio ou perda do imóvel em processos contra o antigo dono.

Ou seja, o barato pode sair muito caro.

 

Como organizar a obtenção das certidões?

Para evitar dor de cabeça, o ideal é seguir alguns passos:

  1. Liste todas as certidões necessárias (do imóvel e do vendedor).
  2. Verifique prazos de validade, pois algumas vencem em poucos dias.
  3. Solicite em órgãos oficiais, seja de forma presencial ou online.
  4. Guarde cópias digitais, facilitando o acesso em caso de dúvida

Conclusão: segurança em primeiro lugar

No mercado imobiliário, cada detalhe faz diferença. E quando falamos em certidões, não se trata de burocracia sem sentido, mas de segurança.

Esses documentos funcionam como um mapa que mostra se o caminho está livre ou cheio de armadilhas.
Por isso, antes de assinar qualquer contrato, vale a pena investir tempo e dinheiro na coleta de certidões.

Afinal, quando o assunto é patrimônio, a pergunta que fica é: você prefere perder alguns dias reunindo documentos ou correr o risco de enfrentar anos de dor de cabeça na Justiça?


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARINA FERNANDEZ GUEDES
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