A saúde mental e o bem-estar físico no ambiente corporativo são temas cada vez mais discutidos, mas muitas vezes mal compreendidos. O que se observa é que, em grande parte dos casos, o cansaço, a ansiedade e até a insatisfação profissional não têm origem apenas no excesso de tarefas, mas na forma como essas responsabilidades são desempenhadas.
Quando o colaborador não entrega suas funções de forma completa e com qualidade, acumula pendências que afetam não apenas o desempenho, mas também a sensação de realização pessoal. O resultado é um descanso incompleto, noites de sono interrompidas e uma mente constantemente em alerta.
Estudos recentes em psicologia organizacional mostram que a sensação de incompletude no trabalho está diretamente ligada ao aumento do estresse e da exaustão mental. Ao contrário do que muitos pensam, não é apenas o volume de tarefas que desgasta, mas sim a percepção de não ter cumprido integralmente o que foi proposto.
Essa lacuna entre o que se faz e o que se deveria entregar cria um ciclo prejudicial: a insatisfação gera queda de produtividade, que por sua vez aprofunda o impacto na saúde mental e física.
De acordo com o economista e empresário Loredan Bernutty, que tem se aprofundado no tema por meio de estudos e observação de comportamentos dentro e fora de suas empresas, o bem-estar precisa estar diretamente conectado à entrega de valor no trabalho:
“O verdadeiro equilíbrio no mundo corporativo não está apenas nas pausas ou benefícios oferecidos, mas na clareza de que cada entrega bem-feita é um alicerce para a saúde mental e física. Entregar valor no que se faz é um dos maiores fatores de equilíbrio.”
Para que essa visão se torne prática, cabe às organizações não apenas cobrar resultados, mas também oferecer condições que favoreçam entregas completas e de qualidade. Isso inclui:
Clareza nos objetivos e metas.
Treinamentos para organização e foco.
Incentivo ao feedback constante.
Valorização da disciplina e do comprometimento.
Mais do que separar trabalho e vida pessoal, o bem-estar corporativo exige que o profissional perceba valor no que entrega. Só assim o descanso será pleno, a saúde mental preservada e a produtividade sustentada a longo prazo.
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SERGIO MAURICIO DOS SANTOS FEITOZA
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