A busca por oportunidades no exterior faz parte do planejamento de carreira de muitos brasileiros. No entanto, a tradicional via de imigração para os Estados Unidos, que frequentemente exige uma proposta de emprego formal ou laços familiares, tem sido um obstáculo para profissionais de alto potencial. Agora, uma rota alternativa e promissora ganha destaque: os vistos “employment-based”, que permitem a mudança para o país sem a necessidade de um patrocinador.
Segundo Rafaela Campos Abrahão, advogada e sócia do escritório Abrahão Advogados, a principal dúvida de quem sonha com uma carreira internacional é justamente essa: é possível viver legalmente nos EUA sem uma oferta de trabalho ou casamento com um cidadão americano? "A resposta é sim. Vistos como o EB-1A, EB-2 NIW e O-1 são alternativas válidas, onde o próprio candidato pode ser o peticionário, desde que comprove qualificações profissionais diferenciadas ou que sua atuação trará benefícios substanciais aos Estados Unidos", explica a especialista.
A escolha do visto ideal depende do perfil e do histórico profissional do candidato. O EB-1A é destinado a profissionais com habilidades extraordinárias em nível internacional, como cientistas, artistas, atletas ou empresários de destaque. Já o EB-2 NIW é voltado para quem pode demonstrar que sua atuação trará benefícios relevantes aos EUA, sendo uma opção popular entre profissionais com formação acadêmica sólida, como médicos e pesquisadores. O visto O-1, por sua vez, é ideal para quem busca um visto temporário para projetos específicos, mas também tem conquistas notórias em sua área.
Para Rafaela, o primeiro passo no planejamento de uma carreira internacional é a organização. "É essencial entender o enquadramento migratório mais adequado e, paralelamente, montar um portfólio robusto com publicações, prêmios, cartas de recomendação e histórico acadêmico. Muitas pessoas cometem o erro de negligenciar a importância de documentar suas realizações de forma objetiva", afirma.
Empreendedorismo e os desafios do processo
A advogada também destaca a diferença entre empreender nos EUA e no Brasil. Embora a abertura de empresas seja mais ágil e a segurança jurídica maior lá fora, é crucial alinhar a estratégia de negócio ao visto de residência correto. "Muitos brasileiros confundem a facilidade de abrir uma empresa com a autorização para residir e trabalhar no país. São processos distintos, e o planejamento jurídico é fundamental para evitar erros que podem custar anos de atraso", alerta.
Diante da complexidade do processo e das mudanças constantes nas políticas imigratórias, que atualmente valorizam profissionais qualificados, o apoio de um especialista é mais do que recomendado. "Um processo migratório é, antes de tudo, um processo jurídico. A interpretação da lei, a escolha da estratégia e a apresentação das provas são determinantes para o sucesso. O apoio de um escritório especializado não só evita erros, como também potencializa as chances de aprovação", conclui Rafaela Abrahão.
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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