60% dos brasileiros querem mudar de emprego em 2025: especialistas orientam sobre transição segura
Pesquisa do LinkedIn revela que três em cada cinco profissionais planejam mudança de carreira. Mentora de carreira explica como fazer transição estratégica sem riscos.
HABLA FM
17/09/2025 15h07 - Atualizado há 4 horas
Imagem concedida pelas entrevistadas para fins jornalísticos
Uma pesquisa recente do LinkedIn confirma que a busca por um novo emprego será prioridade para três em cada cinco profissionais brasileiros em 2025. O dado representa um cenário de intensa mobilidade no mercado de trabalho, onde a insatisfação profissional impulsiona decisões de carreira em larga escala. Segundo o levantamento, a intenção de mudança varia entre gerações: jovens da Geração Z lideram com 68% planejando procurar outro emprego, seguidos pelos Millennials (65%), Geração X (51%) e Boomers (41%). O movimento reflete transformações profundas nas expectativas dos trabalhadores quanto a propósito, reconhecimento e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para a mentora de carreira Vanessa Cunha, especialista em consultoria de RH, o número elevado de profissionais interessados em mudança não é surpresa, mas requer planejamento estratégico. "Quando três em cada cinco profissionais pensam em mudar de emprego, a grande questão não é o desejo de transição, mas sim como conduzi-la sem riscos. Meu trabalho é justamente transformar essa vontade em estratégia: estruturar currículo, LinkedIn e networking para que a mudança aconteça com clareza, segurança e resultados concretos", explica a consultora. Desafios no processo seletivo aumentam O estudo do LinkedIn revela obstáculos significativos: mais da metade dos entrevistados considera o processo de seleção mais difícil que no ano anterior, enquanto 40% avaliam que os requisitos anunciados pelas empresas nem sempre são realistas. A competitividade também se intensificou. Segundo a pesquisa, 72% dos profissionais de RH destacam que o mercado se tornou mais competitivo, exigindo novas estratégias para atrair e reter talentos. Um comportamento que chamou atenção dos pesquisadores foi a falta de análise prévia das vagas. O levantamento mostra que 17% dos candidatos não avaliam se suas habilidades são compatíveis com a vaga antes de se candidatar, enquanto 26% dedicam menos de 10 minutos a essa análise. Networking supera qualificação técnica Um dado relevante da pesquisa aponta que 85% dos entrevistados acreditam que um networking forte tem mais peso do que as qualificações técnicas. Para Vanessa Cunha, isso confirma a importância de uma abordagem estruturada na busca por recolocação. "Vejo profissionais experientes perdendo oportunidades por não conseguirem comunicar adequadamente suas competências ou por não terem uma rede de contatos bem desenvolvida. O mercado valoriza tanto as habilidades quanto a capacidade de se posicionar estrategicamente", analisa a mentora. Segundo Cunha, três pilares são fundamentais para uma transição bem-sucedida: Currículo direcionado: destacar competências e conquistas de forma alinhada ao mercado-alvo, evitando documentos genéricos que não dialogam com as necessidades específicas de cada setor. Posicionamento digital: manter o LinkedIn ativo e coerente com a trajetória profissional, aproveitando a plataforma como vitrine de competências e networking. Networking qualificado: fortalecer conexões estratégicas para ampliar oportunidades, priorizando relacionamentos genuínos no lugar de abordagens massificadas. Inteligência artificial ganha espaço na busca por emprego A pesquisa também identificou crescimento no uso de ferramentas de inteligência artificial: atualmente, 43% dos profissionais utilizam IA para personalizar currículos e cartas de apresentação, com maior adesão entre Millennials (49%) e Geração Z (47%). O interesse pela tecnologia deve aumentar: 56% dos entrevistados planejam aprender a usar IA para otimizar suas candidaturas em 2025, com mulheres e a Geração X liderando essa intenção (58%). Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para América Latina e África, destaca que "a crescente adoção de IA reflete uma transformação na forma como encaramos o processo seletivo, permitindo maior personalização e otimizando o tempo de todos os envolvidos". Planejamento reduz riscos na transição Para Vanessa Cunha, a alta rotatividade prevista para 2025 torna ainda mais crucial o acompanhamento profissional durante transições de carreira. Estudos de gestão de carreira indicam que profissionais com orientação especializada têm maiores chances de recolocação em prazos menores. "Não basta querer mudar. É preciso entender o momento do mercado, identificar onde suas competências se encaixam e criar uma estratégia que minimize riscos financeiros e maximize oportunidades. A transição bem planejada não é apenas uma mudança de emprego, mas uma evolução na trajetória profissional", conclui a especialista. Com o mercado de trabalho em constante transformação e a mobilidade profissional em alta, 2025 promete consolidar a importância de estratégias bem definidas para quem busca novos desafios na carreira.
Sobre a especialista: Vanessa Cunha é consultora de RH e mentora de carreira especializada em transições profissionais estratégicas. Atua no desenvolvimento de currículos, posicionamento no LinkedIn e estratégias de networking para profissionais em busca de recolocação segura. Contato: Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ROBERTA FABIANI DA TRINDADE
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