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Em 19 de setembro, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos como um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, garantindo acesso universal, integral e gratuito à saúde para todos os brasileiros. O setor filantrópico tem um papel importante nessa questão, uma vez que é responsável por atender a mais da metade das demandas de média e alta complexidade. Em algumas localidades, isso ganha ainda mais relevância: em 142 cidades paulistas, as Santas Casas e hospitais filantrópicos são o único equipamento para atender à população, de acordo com levantamento da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, em parceria com a Numb3rs.
Em todo o Estado de São Paulo, os hospitais filantrópicos formam o maior grupo da rede hospitalar. Somente em junho deste ano, chegavam em 407 unidades filantrópicas, contra 319 hospitais públicos e 373 privados. Esses números reforçam a importância do setor para a saúde paulista e mostram, na prática, que os filantrópicos seguem à frente em quantidade e relevância, garantindo atendimento essencial pelo SUS em diversas regiões do estado.
Além da presença em grande parte do estado, os hospitais filantrópicos concentram também um volume significativo de leitos hospitalares. Ao todo, são 52.651 leitos disponíveis, dos quais 32.554 são destinados ao atendimento pelo SUS. Esse número reforça o papel essencial do setor na rede pública de saúde, já que mais da metade de todos os leitos SUS em São Paulo está concentrada nessas instituições. O diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti, ressalta que os hospitais filantrópicos são fundamentais para garantir que o SUS consiga atender a todos de forma eficiente. “Sem essas instituições, muitas cidades ficariam sem acesso a consultas, exames e tratamentos essenciais”, pontua. Para ele, os números reforçam a relevância do setor: mais da metade dos leitos SUS de São Paulo está concentrada nas Santas Casas e hospitais filantrópicos, mostrando que o trabalho dessas instituições vai muito além da quantidade de unidades, impactando diretamente a vida da população.
Os hospitais filantrópicos também desempenham papel essencial nos atendimentos ambulatoriais. Em 2024 e nos primeiros meses de 2025, registraram cerca de 14 milhões de atendimentos por mês, garantindo consultas, exames e terapias de média e alta complexidade pelo SUS.
Os hospitais filantrópicos também se destacam nas internações hospitalares pelo SUS. Em 2024, responderam por cerca de 49% de todas as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) no estado, praticamente empatados com os hospitais públicos. Já nos primeiros meses de 2025, passaram à frente em diversos períodos e alcançaram mais de 50% das internações.
Suporte na alta complexidade
Além das internações gerais, os hospitais filantrópicos se destacam também no atendimento de alta complexidade pelo SUS. Em 2024, as instituições filantrópicas realizaram 144.066 cirurgias oncológicas (40% a mais do que os hospitais públicos) e 81.335 na área de cardiologia (+ 16,6%).
Em outro serviço, relacionado aos transplantes, só em 2025, os hospitais filantrópicos foram responsáveis por 2.771 procedimentos; nas unidades públicas, foram 272.
“O trabalho dos hospitais filantrópicos é essencial para garantir que o SUS chegue a todos os brasileiros com qualidade e abrangência. É uma rede que salva vidas diariamente e que merece ser reconhecida pelo seu papel histórico e estratégico na saúde pública”, conclui Rogatti.
Sobre a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo)
Há 65 anos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) trabalha intensamente pela melhoria, profissionalização e modernização da rede hospitalar paulista, buscando excelência no atendimento à saúde da população.
A Federação promove para as entidades beneficentes uma constante busca por recursos, atualização junto aos temas mais pertinentes relacionados à saúde e atuação intensa junto aos governos estadual e federal, agindo sempre em defesa dos interesses da classe hospitalar, sendo a voz das entidades filantrópicas junto aos vários segmentos da sociedade.
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VIVIANE SOARES BUCCI
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