Cantora e compositora paulistana transforma a busca por autoconhecimento em canções que combinam elegância sonora e mensagens profundas, tudo com identidade própria.
Com um pé na bossa nova, outro no rap, muita influência no rock e o coração conectado à consciência, Pris é o tipo de artista que não cabe em rótulos. Seu álbum “Multidimensional” entrega exatamente o que o nome promete: uma experiência sonora diversa, sensível e sincera.
Após o lançamento da ‘bônus track’, “Compassion”, chegou a vez de apresentar o clipe dessa
canção, no próximo dia 30 de maio, reforçando a proposta estética e emocional.
A trajetória de Pris começa na inquietação de quem sempre quis entender a si mesma e o mundo. “Sou uma eterna aprendiz da vida”, define. Suas músicas são reflexo direto dessa busca, em um processo criativo que combina referências como Ella Fitzgerald, Jorge Ben Jor, Mac Miller e Halsey com sua paixão por poesia, pintura e cinema. “Gosto de me definir pela multiplicidade. Não me vejo em uma caixa, e não gostaria de entrar em uma”, afirma.
Seu primeiro álbum, “Multidimensional”, foi construído com essa intenção: oferecer mais do que sons, mas sensações. Ao lado do produtor Guto Guerra, Pris adotou o hábito de mentalizar uma energia para cada faixa antes de gravar. “O mais lindo foi ver que as pessoas usaram as mesmas palavras que eu tinha pensado para descrever as músicas. É como se cada uma tivesse um DNA”, conta.

Visual também é uma palavra-chave para entender o trabalho de Pris. “Costumo enxergar a música com imagens, vejo cores, texturas. Para o single ‘Olhos de Mar’, pintei a tela que virou a capa”, relembra. A artista também se envolve na direção dos clipes, coloração e edição. “Gosto de ter uma visão 360°, porque sinto prazer em todo o processo”, comenta.
‘FINO, ELEGANTE E MODERNO’
A sonoridade que ela descreve como um “rap-jazz-bossa-nova-lofi-neosoul”, chama atenção pela sofisticação. “Eu queria um som fino, elegante, mas também moderno”, diz. A ambição não é conquistar hits imediatos, e sim consistência. “Hoje prezo mais pela sustentabilidade do que por picos e vales”, completa a artista.

Mesmo com os desafios vários que a cena independente carrega, Pris mantém o foco na abundância de possibilidades, sem se desmotivar nas adversidades da carreira. “Não necessariamente me sinto acolhida, mas escolho me acolher. Sei que o acolhimento lá fora depende muito de como eu me sinto”, afirma, demonstrando o mesmo tom de consciência que ecoa em sua obra.
REFLEXÃO E SENSIBILIDADE
Na cena independente, o álbum “Multidimensional” chega como um convite quase irrecusável e uma alternativa de trilha sonora que inspira reflexão e sensibilidade. “Para quem está me conhecendo agora, a mensagem principal que meu trabalho carrega como um todo poderia ser resumida na famosa frase ‘conheça-te a ti mesmo’. Se pudermos nos tornar mais conscientes de quem estamos sendo em nossa vida, de quem gostaríamos de nos tornar e de que toda a situação que vivemos carrega ouro (mesmo as desafiadoras), eu acho que aí podemos viver uma vida de maior significado”, finaliza.
SOBRE PRIS
Nascida e criada em São Paulo, Pris começou a escrever suas músicas a partir de suas experiências pessoais para ajudá-la a lidar e compreender seus próprios sentimentos e pensamentos, quando eles se tornavam muito densos. Com o violão sempre em mãos, o que era uma forma de autoconhecimento tornou- se uma paixão que resultou em letras fortes e honestas, que geralmente focam em trazer uma mensagem positiva sobre a vida e tirar o melhor proveito dos desafios e dificuldades.
Sendo uma criança dos anos 90, sua musicalidade foi influenciada por uma miríade de referências e gêneros que a acompanharam ao longo da vida. Em seu novo momento de carreira, a artista apropria-se de elementos de diferentes estilos como Rap–Jazz, Indie, MPB e rock, em uma mistura difícil de se colocar em uma só caixa, mas que resulta em uma identidade singular no som de Pris.
Em 2024, a artista apresentou seu primeiro álbum, “Metamorfose”, repleto de reflexões sobre sua trajetória de autoconhecimento e sua identidade musical.