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Giovanna Moraes lança rock ‘n’ roll contra imposições patriarcais

Antecipando o seu próximo e aguardado álbum, “Para Tomar Coragem”, Giovanna Moraes divulga “No é No” em música, videoclipe e afirmação contra as imposições patriarcais. Com produção de Thommy Tannus, a autoral faixa busca uma sonoridade mais suja e groovada, tendo claras referências de Rage Against The Machine e Black Rebel Motorcycle Club.

“Cansei de ser boazinha, de ser mais uma bonitinha cantando doce. Cansei desse jogo. Não é não. Não preciso me explicar. Porque não, porque sim. Pleno 2022, admito que algumas coisas estão melhores mas a real é que é uma sociedade ainda muito machista com pouco espaço para mulheres. Parece que a gente tem que ser ou virgem ou puta e a maior parte das mulheres acabam tendo que performar o conceito do que é mulher para conseguir chegar em algum lugar. Não só profissionalmente, mas socialmente, tá ligado? Quando vou na padaria tenho que me preocupar com como estou agindo para não chamar atenção não desejada. É difícil. Essa música é sobre isso. Espero que dê força para outras mulheres quebrarem um pouco o padrão e que ajude os caras a entenderem a respeitar as minas”.

Na versão audiovisual, imagens poderosas de resistências femininas ao som do canto arrojado de Giovanna que aposta no rock como uma forma de dizer o que é preciso.

“Vale lembrar que rock também é um ambiente nada inclusivo para nós. Quantas mulheres você vê no palco em festivais de rock? E no backstage? Tem mina para caramba no corre, mas ainda existe muito essa ideia de que não sabemos fazer rock n roll”. E é assim, consciente de suas dores e lutas, que a cantora faz o que faz e é uma das principais apostas da cena.

A escolha pelo título registra a marca irônica da irrequieta compositora. “Sempre tive uma pegada meio gringa porque morei muitos anos nos Estados Unidos, Por isso,  “No é No”. Chiquérrimo! Será que falando em inglês a galera respeita mais?”, brinca.

No clipe, trechos insinuam atos de masturbação e felação misturados às simbólicas e oníricas situações em que uma mulher é agarrada por mãos desconhecidas – cena muito presente nos sonhos da artista. Segundo ela, trechos podem ter significados próximos ao fato de que todo mundo quer dar palpite, quer moldar e passar a mão e, para uma mulher, infelizmente, é uma situação frequente na realidade. O roteiro é escrito por Giovanna em parceria com Henrique Rodrigues e tem a direção assinada por Ariel Jaeger.

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