As transformações econômicas que o mundo vem atravessando em 2025 já não são mais tendências: são realidade. Crises geopolíticas, avanço da inteligência artificial, conflitos comerciais entre potências e mudanças regulatórias profundas estão redesenhando o ambiente de negócios global. No Brasil, o impacto é direto e atinge empresas de todos os portes e setores.
Para a advogada tributarista e CEO da KL Consulting, Dra. Karla Karina Lemos, especialista em Planejamento Tributário e Reestruturação Empresarial, o momento exige reação rápida, técnica e estratégica dos empresários brasileiros. O planejamento fiscal, segundo ela, se tornou o eixo central de sustentação de qualquer negócio que deseje resistir -e crescer – em meio a essa nova era.
“Estamos vivendo um redesenho do sistema tributário mundial. Quem não tiver uma estrutura fiscal organizada, inteligente e protegida, será engolido pela concorrência ou pela própria máquina tributária”, afirma Dra. Karla.
Pressão vem de todos os lados
A nova configuração do comércio internacional, com regras cada vez mais rígidas para importação e exportação, tributação de serviços digitais e pressão por transparência fiscal, obriga as empresas brasileiras a fazerem o dever de casa: reorganizar sua estrutura tributária, patrimonial e societária antes que o impacto se torne irreversível.
“O Fisco está mais tecnológico, mais eficiente e mais cruzador de dados do que nunca. Do pequeno prestador ao grande produtor rural, ninguém escapa da vigilância digital. Planejar agora é evitar dores de cabeça jurídicas e prejuízos financeiros logo ali na frente”, pontua a especialista.
Agro e eventos: dois extremos, mesmos riscos
Setores opostos na forma, mas parecidos no risco fiscal. No agronegócio, o desafio é integrar produção, exportação e rastreabilidade fiscal num modelo que resista às novas exigências ambientais, fiscais e de compliance internacional. Já no setor de eventos, entretenimento e criativos, a dor é outra: fragmentação de impostos, informalidade em contratações e desconhecimento das obrigações fiscais.
“Tanto o produtor rural que exporta soja quanto a empresa que promove festivais musicais precisam urgentemente de um plano tributário sob medida. A diferença entre sobreviver e quebrar estará nessa organização”, alerta Dra. Karla.
A BOA NOTÍCIA. DÁ TEMPO E TEM JEITO.
Depois de anos lidando com crises fiscais, empresariais e patrimoniais, Dra. Karla reforça que a reorganização jurídica e tributária é possível e mais acessível do que muitos imaginam. E o melhor: quando feita com inteligência, ela traz não só proteção, mas também lucro.
“A boa notícia é que dá tempo de se reorganizar e de se blindar. O planejamento tributário ético e bem executado protege a empresa, o empresário e até o legado da família. Existe caminho, porém o que não existe mais é espaço para improviso”, afirma.
Ferramentas inteligentes, legais e preventivas
Entre as soluções que ela aponta, estão:
• Criação de holdings patrimoniais e empresariais;
• Planejamento tributário estratégico para redução legal da carga de impostos;
• Reorganização da estrutura societária com foco em governança e sucessão;
• Avaliação de oportunidades para internacionalização segura de ativos.
“A blindagem patrimonial bem-feita não é um luxo. É uma necessidade. É o que garante que o patrimônio pessoal e familiar não seja afetado por oscilações do mercado ou passivos da empresa.”
O recado final
“O empresário brasileiro precisa tratar o planejamento tributário como prioridade absoluta. Não é mais sobre pagar menos, é sobre continuar competitivo, seguro e preparado para o que vem aí. Quem se antecipa, sobrevive. Quem ignora, paga o preço.”
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Dra. Karla Karina Lemos
Advogada tributarista, CEO da KL Consulting, especialista em Planejamento Fiscal, Reestruturação Empresarial e Proteção Patrimonial.
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