Não é segredo para ninguém que, no Brasil, quando se trata de um assunto envolvendo a comunidade LGBTQIA+, muito diferente de sua bandeira, nem tudo são flores – e cores. Há mais de 10 anos, o país ocupa o primeiro lugar na lista de países que mais matam pessoas transsexuais no mundo. Mesmo em 2022, pessoas LGBTQIA+ ainda carregam o medo de sair às ruas, de ser quem são em ambientes corporativos, de empreender e, claro, de amar quem quiserem amar.
Pensando nisso e ouvindo histórias de seus colaboradores, a Daki decidiu começar, ainda no ano passado, um grupo de diversidade e, neste ano, estruturar ainda mais suas frentes – mulheres, pessoas não-brancas, PCDs, gerações e LGBTQIA+. Liderados pelos próprios Dakiers, cada frente busca educar, ampliar e fortalecer seus grupos dentro da empresa, trazendo ações internas e externas a fim de tornar a Daki um ambiente seguro para todes.
Sabendo da importância do mês de junho e seu contexto histórico para a comunidade LGBTQIA+, a Daki iniciou uma campanha a fim de compartilhar mais conteúdo, levantar discussões e gerar ainda mais oportunidades dentro da empresa e fora dela. Desde o início do mês, os colaboradores passaram a receber um conteúdo exclusivo sobre o movimento, com dados globais, dicas de filmes e estudos, além de uma agenda cultural para quem quiser se aprofundar no tema. Para Andreza Venicio, diretora de RH na Daki, tudo começa pela educação.
“Debatemos muito internamente e entendemos que, precisamos ser consistentes em nossos discursos entre o que comunicamos em nossas campanhas externas e internas, acreditamos que precisamos envolver todos que trabalham com a gente. Precisamos ter certeza de que nossos processos são inclusivos e nossos protocolos estejam funcionando, desde o dia-a-dia nas operações até nosso time corporativo. Revisamos tudo, criamos um canal de denúncias, fazemos reuniões semanais com nossos embaixadores de diversidade e estamos reforçando com todo o time que não há espaço para discriminação na Daki. Nosso plano é tornar a Daki um local seguro para todes e incentivar que cada vez mais pessoas de diferentes minorias se sintam confortáveis em fazerem parte do nosso time!”, comenta Andreza.
Além das newsletters e materiais educativos, a empresa também promoverá rodas de conversas com especialistas em diversidade, como Diego Raymundo, líder de Educação em Diversidade, Equidade e Inclusão. Outros bate-papos também serão organizados com os próprios colaboradores da empresa que fazem parte da comunidade a fim de compartilharem suas experiências, história e também colaborar com a educação dos seus colegas no ambiente de trabalho.
Já para quem é usuário do aplicativo, a partir do dia 14 de junho, a Daki lançará uma categoria chamada “Orgulho Daki”. Nela, os clientes encontrarão subcategorias com marcas que foram fundadas por pessoas LGBTQIA+, como PantyNova e Cervejaria Sapatona, e também marcas que apoiam o movimento. Muito similar à campanha de Mulheres no Comando, lançada pelo app em março deste ano, o intuito é fortalecer o empreendedorismo LGBTQIA+ e incentivar que mais empresas e pequenos empreendedores locais vejam a Daki como uma nova forma de venderem seus produtos.
Para participar da campanha não é necessário inserir nenhum cupom. Apenas abrir o aplicativo da Daki e inserir o endereço da Casa Florescer, a ONG que auxilia pessoas transsexuais em situação de vulnerabilidade. Automaticamente a subcategoria “Doe para a Casa Florescer”, aparecerá com diversas opções de produtos. Todos os produtos estarão disponíveis com 50% de desconto, sendo o restante do valor subsidiado pela Daki. Além disso, os usuários poderão fazer a doação independente de sua localização.
“Ficamos muito felizes quando fomos procurados pela Daki no segundo ano consecutivo e ainda mais felizes de podermos pensar em conjunto ações que vão além das doações. Poucas empresas têm políticas de inclusão, o que faz com que os acessos aos empregos formais sejam sempre dificultados a transexuais e travestis. A Casa Florescer atua buscando minimizar essas mazelas proporcionando um ambiente salutar e acolhedor que ajude a desenvolver e potencializar cada indivíduo. Vai ser incrível contar com o auxílio da Daki nessa jornada”, comenta Beto Silva, CEO da Casa Florescer, ativista pelos direitos LGBTQIA+ e consultor de diversidade e inclusão.
“Somos muito jovens, somente 1 ano e meio, e sabemos que ainda temos muito chão pra percorrer e também muito aprender. Diversidade é um constante aprendizado e temos esse compromisso na Daki. Estamos plantando a sementinha agora para que esse tema e essa responsabilidade social sejam enraizados na empresa daqui pra frente”, finaliza Venício.