A Cia KÀ de Teatro está em circulação com a peça DOCE² que pauta exatamente os processos mentais que permeiam distúrbios, beirando ao suicídio de uma forma sublime e com o intuito de autoanálise do público. No ano passado, o suicídio foi a causa de mais de uma morte a cada 100 pessoas, apontou a OMS. Kelvin Millarch ao apresentar o espetáculo “Doce”, ele afirma com firmeza que “aí está o papel do teatro: fazer a plateia ir para sua casa se conhecendo melhor e conhecendo o próximo, entendendo sobre o apoio e empatia com cada indivíduo, nosso papel nesse debate é o ano todo e durante o setembro amarelo podemos reconhecer a importância dessas pautas”, relata.
A arte é uma expressão alegre do ser humano. Pesquisas apontam que a existência do lúdico, da arte, da expressão humana pelo artesanal – ou seja, aquilo que se faz pelas próprias mãos – é um dado que contribui na formação do ser humano mais feliz e dialogável. “Somos uma Cia de Teatro que também produz audiovisual, isso já responde esse fator de uma forma simplista, mas aprofundando mais no papel do fazer artístico podemos reafirmar a importância de produções que afetam o espectador a refletir sobre diversos fatores, esse diferencial é o que dá maior valor a uma obra”, diz Kelvin.
No Brasil, cerca de 90% dos trabalhadores estão infelizes, aponta pesquisa de escritor. E, é claro que a presença de funcionários num ramo comercial que os satisfaçam, que dê a eles algo que vai além do pagamento no fim do mês, contribui com uma sociedade mais saudável e com relações mais leves. “Existem grandes empresas que promovem eventos para os funcionários poderem ir assistir a espetáculos dentro da própria empresa. Porém, a grande maioria desse público seleto não é receptivo aos espetáculos. A saúde dos funcionários se dá ao funcionamento da empresa, e a empresa promovendo uma formação de plateia para que o indivíduo vá ao teatro por conta é mais eficaz do que uma falta intenção de apoiar um colaborador no ambiente que só busca lucro, e não realmente resolver a infelicidade no local de trabalho”, conclui Kelvin Milla