Após quase desistir, hoje o fotógrafo é reconhecido por produções fotográficas feitas para as maiores revistas do Brasil
Assim como uma pintura ou escultura, o fotógrafo é um artista que tem a responsabilidade de capturar momentos e torná-los imortais. Quando falamos de celebridades, essas cenas ficam ainda mais notáveis e singulares pela importância dos personagens. E para tornar esse trabalho em algo tão especial, a inspiração do fotógrafo se torna essencial para que esses momentos se transformem em frames inesquecíveis.
E esse é o trabalho do fotógrafo cabo-verdiano Waldir Évora, que com muito talento vem conquistando grandes estrelas e emplacando diversos trabalhos em revistas famosas como Vogue, Marie Claire e Caras Brasil.
“A nossa equipe é muito entrosada. A gente consegue chegar no que o pessoal quer porque trabalhamos num clima muito legal, e esse é o diferencial. Tudo para entregar não apenas uma fotografia, mas a melhor experiência”, explica Waldir.
Com um portfólio recheado de artistas, podemos destacar os trabalhos com Karol Conká, Sarah Andrade, Denise Fraga, Nicole Bahls, Lumena Aleluia, Letícia Sabatella, Lívia Andrade, Henri Castelli, Jesus Luz e muitos outros.
Mas quem vê o sucesso de Waldir Évora, não imagina que ele nunca teve pretensão de ser fotógrafo profissional. Após chegar ao Brasil vindo de Cabo Verde, ele cursou por 4 anos Engenharia de telecomunicação, tendo já vindo ao país com o visto de estudante para esse curso, mas tudo mudou quando iniciou um projeto de revista digital junto a um amigo. Substituindo um fotógrafo que tinha faltado, Waldir fez suas primeiras fotos e descobriu sua paixão por essa arte.
“Eu andei a feira inteira fazendo fotos. E eu fui com minha esposa, que me acompanhava e me ajudava como modelo também. Essas fotos foram as primeiras…e foram as piores fotos que fiz na minha vida (risos). Mas foi ali que senti um gostinho, sabe? E me aprimorei, estudei sozinho, fiz cursos e fui evoluindo dia a dia”, explicou.
Pandemia, roubo e reinvenção
Mesmo com sua evolução profissional, duas grandes dificuldades apareceram no caminho de Waldir e quase fizeram ele desistir. Com todo o seu equipamento avaliado em R$ 75 mil roubado, o fotógrafo viu a pandemia chegar e dificultar ainda mais a sua jornada. “Virei para a minha esposa e falei: ‘ah, vou desistir. Não faço mais fotografia, não”.
Só que com muita força de vontade e incentivo da sua esposa, Waldir pegou equipamento emprestado e continuou a trabalhar para o mundo corporativo. Com o desenvolvimento de um bom trabalho, conheceu pessoas importantes que o indicaram para campanhas fotográficas de diversas celebridades e até pedidos de mentoria para países da Europa e África.