





Laroyê! Laroyê é Mojuba!
Oi dê licença minha escola vai passar
A Voz do Morro em seu cortejo vem lavar
As nossas almas com as águas de Oxalá
Reza a linda lenda Yorubá
Que o grande pai quis visitar
Seu filho lá no reino de Oyó
Mas a sua amada sob forte intuição
Pediu para consultar Ifá
Orunmilá trouxe a confirmação
Agrade a Exu faça um padê com a sua própria mão
Com a negativa, deu segunda opção
De branco em branco sem falar e sem ceder
Para se limpar levou três pedras de sabão
Mas não sabia o que iria acontecer
Lebara muleque levado, ôô
Com carvão e com dendê
Derrama na roupa do véio, o vinho sem aborrecer
E o véio segue seu caminho sem temer
O peregrino, que levava tanto amor
Foi recebido com a dor da injustiça
Condenado à prisão, muito tempo sofreu
A seca e a fome, levam o rei ao desespero
Procurado, o Obá foi encontrado
Todo povo chorou, agô!
E sob as águas viscerais das Yabás
Foi perdoado o Alafin
E hoje obatalá se manifesta
Na lavagem de Bomfim
Autores: Pedrinho sem Braço, Pablo Souza e Leandro Martins