Felipe Parra une indie pop e música popular em sessão ao vivo que antecipa disco

O paulistano Felipe Parra faz uma música que é “uma mistura de Claudio Zoli com Tame Impala”, como o próprio define, e enquanto finaliza seu álbum de estreia “Estrela”, a ser lançado em 2022, ela explora os limites da sonoridade com uma sessão ao vivo dupla com as faixas “Neve” e “Cafona”.

“A ideia principal desses vídeos era ‘testar’ as músicas desse disco que foi gravado todo durante a pandemia, ou seja, remotamente. A gente sempre achou que essas músicas tinham um clima de tocar ao vivo, mas nunca tínhamos ficado numa mesma sala, todo mundo tocando junto. Foi uma descoberta coletiva. Nos encontramos presencialmente pela primeira vez no dia da gravação. Não teve ensaio nenhum. Cada um sabia suas partes e aí o ensaio aconteceu na passagem de som. Tocando uma, duas vezes e aí já gravamos. Foi bem impressionante tocar com essa banda grande de amigos e amigas tão talentosos e muito bonito de ver como tudo se encaixou tão rapidamente”, conta Felipe.

Cantor, compositor e produtor musical nascido e criado na Zona Leste de São Paulo, o artista faz de seu trabalho autoral um resgate da música pop brasileira em um álbum de figurinhas e referências que compõem o universo musical de um jovem da ZL nos anos 80 e 90 – em palavras dele, “era Roberto Carlos no rádio da cozinha, Só Pra Contrariar tocando no vizinho e Racionais na festinha” –, sempre com apelo orgulhosamente popular. “É um processo também de aprender a gostar de mim mesmo”, diz Felipe, que também é criador da série “Música Boa”, onde levanta discussões periódicas sobre música popular, criação, consumo e indústria musical, em episódios lançados no IGTV.

O álbum de estreia de Felipe Parra, “Estrela”, tem 10 faixas que transitam por diversas sonoridades da música popular brasileira – do clima dos bailinhos ao pop de décadas passadas, ao samba e ao indie. “Neve” e “Cafona” estão disponíveis nas plataformas digitais e as sessões ao vivo no canal de YouTube do artista.