Carisma: empatia é o segredo para conquistar as pessoas no trabalho, apontam 7 em cada 10 profissionais
Capacidade de se colocar no lugar do outro, segundo os entrevistados pela Conquer, tornaria os colaboradores mais cativantes, abrindo portas no mercado corporativo
ANDRé ELOI
09/09/2025 17h17 - Atualizado há 6 horas
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Que perfis carismáticos se destacam no mercado corporativo não é novidade para ninguém. Mas, afinal, seria possível desenvolver o próprio carisma, criando conexões que facilitam o dia a dia de trabalho? Os brasileiros acreditam que sim — e revelam os dois maiores segredos: ouvir mais e praticar a empatia (69%) e ter atenção à postura corporal (55%), as estratégias mais adotadas pelos entrevistados em um novo estudo sobre o tema.
Os dados fazem parte de um levantamento da escola de negócios Conquer, que, em celebração a um curso gratuito sobre o assunto, procurou entender como líderes e liderados avaliam o papel do carisma dentro das organizações, das vantagens individuais aos benefícios para as equipes no dia a dia. Para a maioria dos envolvidos na pesquisa, aliás, seriam muitas os destaques dos profissionais carismáticos dentro (e fora) das organizações: mais oportunidades de emprego (43%), melhor reconhecimento por parte dos colegas e líderes (52%) e, ainda, uma capacidade extra na hora de lidar com conflitos (40%), o que tornaria a competência essencial para cargos de liderança. Leia mais! Principais conclusões: - Para 56% das pessoas, o carisma seria algo inato, mas possível de ser lapidado;
- Na opinião dos respondentes, os carismáticos teriam mais oportunidades de emprego ou promoções;
- 77% dos brasileiros se avaliam enquanto pessoas carismáticas no trabalho;
- Por outro lado, 50% dos profissionais sentem que falta carisma em suas lideranças.
O que define uma pessoa carismática… e por que isso importa no trabalho? Mesmo sendo comumente associado à simpatia ou extroversão — atributos que uniriam celebridades como Neymar, Celso Portiolli, Taís Araújo e Ivete Sangalo, eleitas as mais carismáticas para os entrevistados —, o estudo da Conquer descobriu que, entre os brasileiros, falar de carisma no trabalho é ir muito além disso. Segundo os entrevistados, o termo está, antes de tudo, ligado a saber cativar e envolver as pessoas (66%), se comunicando com naturalidade e confiança (66%). Demonstrar empatia e praticar a escuta ativa também aparecem como seus pilares, citados por 62% dos entrevistados. Mas afinal, ser alguém carismático é um privilégio de poucos ou algo que pode ser desenvolvido? A pesquisa mostra que a maioria acredita no equilíbrio entre talento e prática: 55,6% veem o carisma como predominantemente inato, mas possível de ser lapidado ao longo da vida. Já 29,6% defendem que a pessoa simplesmente nasce com ele, enquanto apenas 14,8% acreditam que qualquer um pode aprender a ser carismático com treino e dedicação. “É bastante comum ouvirmos que determinadas pessoas são carismáticas por natureza, como se o carisma fosse um traço de personalidade restrito a certos indivíduos”, comenta Juliana Alencar, Diretora de Marketing da Conquer. “Buscaremos desmistificar essa ideia ao longo do novo curso, mostrando que, enquanto uma competência, todo profissional é capaz de aprimorá-lo com técnica, observação e prática”. Quando olham para si mesmos, vale dizer que 77% dos profissionais se enxergam como carismáticos ou muito carismáticos no ambiente de trabalho — percepção que, segundo o estudo, não é mero detalhe. Para os respondentes, perfis capazes de inspirar e engajar têm mais chances de conseguir emprego ou promoções (43%), são mais lembrados por colegas e líderes (52%) e conseguem se comunicar melhor em reuniões (51%). Além disso, o carisma parece ter um papel relevante na resolução de conflitos: 4 em cada 10 entrevistados afirmam que pessoas carismáticas encontram soluções mais rapidamente e com menos atrito. No dia a dia corporativo, essa habilidade pode se traduzir em equipes mais alinhadas, relacionamentos mais saudáveis e, consequentemente, resultados mais consistentes.
Formas de desenvolver o carisma no trabalho Embora muitos ainda acreditem que o carisma seja algo inato, a pesquisa da Conquer revela não só que alguns profissionais enxergam essa característica como uma habilidade, mas que de fato tentam cultivá-la diariamente no ambiente corporativo. Entre as estratégias mais adotadas, focar em ouvir mais e praticar a empatia lidera com 69% das respostas, mostrando como a conexão genuína com colegas é valorizada para conquistar e manter o carisma. Além disso, 55% dos profissionais apontam a atenção à linguagem corporal e ao tom de voz como um diferencial importante para causar boa impressão e transmitir confiança. Buscar feedback direto de colegas e gestores é outra prática valorizada (46%), enquanto 41% investem em treinamentos, cursos ou workshops para aprimorar suas habilidades sociais. Por sua vez, observar e imitar pessoas consideradas carismáticas aparece como estratégia para 30%, mostrando que o aprendizado por exemplo também faz parte da jornada. Muito além da simpatia: como líderes carismáticos impactam o time? Para 36% dos profissionais ouvidos pela Conquer, o carisma é uma competência essencial para quem ocupa cargos de liderança. No entanto, a avaliação sobre seus líderes atuais é menos animadora: somando os que consideram seus gestores pouco carismáticos (11%), nada carismáticos (8%) e até mesmo neutros (29%), a maioria dos entrevistados apontam que seus superiores falham quando o assunto é engajar e motivar equipes.
Apesar dessa lacuna, o impacto positivo de líderes carismáticos é amplamente reconhecido pelos respondentes. 7 em cada 10, por exemplo, afirmam que eles tornam o ambiente mais leve e acolhedor, enquanto 57% se sentem mais confortáveis para opinar e sugerir ideias com esse tipo de liderança. A motivação e o entusiasmo nas entregas também ganham fôlego (mencionados por 50%), assim como o tratamento mais empático e respeitoso dos conflitos (51%). Além disso, a presença de um líder carismático pode trazer mais alinhamento e clareza sobre os objetivos do time (37%) e aumentar a frequência do reconhecimento pelo bom trabalho (34%) — o que, por sua vez, geraria efeitos a longo prazo na cultura organizacional e comunicação entre equipes. Metodologia Para compreender como os brasileiros compreendem o papel do carisma no trabalho, nas últimas semanas, foram entrevistados 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais. Ao todo, os respondentes tiveram acesso a 8 questões, que exploraram os diversos conceitos de carisma, sua importância entre as lideranças e o impacto no dia a dia de trabalho. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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