Obras de restauração da Catedral aguardam liberação oficial para início
Etapas legais relacionadas ao uso de recursos públicos prolongam o processo, mas valores já captados asseguram o início das intervenções
Verbo Nostro
01/09/2025 19h56 - Atualizado há 17 horas
Fotos de Luan Porto
Ribeirão Preto (SP), 1º de setembro de 2025 – A Comissão de Preservação e Restauração da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto informa que o início das obras de revitalização do monumento histórico passa por um ajuste de cronograma em função dos trâmites legais necessários para a aplicação de recursos públicos.
Parte significativa da arrecadação da campanha “Salve a Catedral” foi viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), o que exige etapas adicionais de análise e aprovação. Para a execução das obras, é preciso apresentar orçamentos de empresas especializadas reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e aguardar parecer técnico do Ministério da Cultura. Esse processo garante transparência e segurança ao investimento, ainda que torne o ritmo mais cuidadoso.
Prestação de contas da arrecadação
Desde o lançamento da campanha, no final de 2024, já foram captados mais de R$ 1,2 milhão pela Lei Rouanet, montante suficiente para o início das obras de fundação. Em paralelo, eventos e doações espontâneas da comunidade arrecadaram R$ 1,6 milhão, recursos destinados às obras no telhado – orçadas em R$ 2,6 milhões.
O volume arrecadado até agora demonstra a força da mobilização coletiva e garante as primeiras fases da revitalização. O valor global estimado para a restauração completa da Catedral é de cerca de R$ 14 milhões.
Início condicionado à autorização federal
A expectativa é que as intervenções tenham início assim que o Ministério da Cultura concluir a análise e autorizar formalmente a execução. As primeiras etapas contemplam a recuperação das fundações e, na sequência, as obras estruturais no telhado, consideradas prioritárias diante da deterioração progressiva que o edifício histórico enfrenta há mais de uma década.
O pároco da Catedral, padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, reforça a urgência do projeto e pede compreensão da comunidade diante dos procedimentos necessários. “Acredito que não exista ninguém com mais pressa de começar essa obra do que eu. Mas, por se tratar de recursos públicos, as exigências são maiores – o que está correto. Isso faz com que o processo seja mais cuidadoso, pois precisamos apresentar orçamentos de empresas reconhecidas pelo IPHAN e aguardar a análise final do Ministério da Cultura.”
Ele acrescenta que a liberação oficial significará o ponto de partida para uma nova fase. “Nossa igreja está em processo de deterioração há mais de dez anos. Assim que tivermos a autorização, começaremos imediatamente as intervenções”, conclui.
O presidente da Comissão de Preservação e Restauro da Catedral, Renato Aguiar, destaca que a fase atual representa um momento decisivo de transição para o início das obras. “Os recursos já captados nos permitem dar os primeiros passos, mas, por envolver investimentos públicos e privados, o projeto exige etapas técnicas que asseguram sua transparência e responsabilidade. O apoio da sociedade continua sendo fundamental nesse caminho.”
Comissão em prol da preservação
Para desenvolver, gerenciar e acompanhar a restauração da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto, foi instituída em 25 de novembro de 2024 a Comissão de Preservação e Restauração da Catedral – data considerada um marco histórico para a cidade.
Formada por especialistas, líderes comunitários e representantes da sociedade civil, a Comissão tem a missão de coordenar esforços para garantir a conservação do edifício, reconhecido como patrimônio cultural e espiritual da região.
Desde a sua criação, o grupo promoveu encontros, reuniões e ações, como a Festa Junina de 2025, que ampliaram a mobilização. “Todo o engajamento demonstrado já se transformou em resultados concretos. Cada recurso arrecadado aproxima a Catedral do início efetivo das obras e reforça a importância da união entre sociedade civil, apoiadores e empresas para preservar esse marco histórico e comunitário”, afirma Aguiar.
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VALTER JOSSI WAGNER
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