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São Paulo pode ter corrida por aplicativo com opção de motoristas mulheres

Medida proposta pelo Vereador Sargento Nantes (PP) promete mais segurança e autonomia às passageiras e as motoristas.

Francis Cunha - agitomax.com.br
02/09/2025 01h10 - Atualizado há 2 dias
São Paulo pode ter corrida por aplicativo com opção de motoristas mulheres
Foto: Divulgação
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A Câmara Municipal de São Paulo analisa um projeto de lei do vereador Sargento Nantes (PP) que obriga aplicativos de transporte a oferecerem a opção de corrida com motoristas mulheres, sem custo extra para passageiras. A medida busca aumentar a segurança, reduzir casos de assédio e ampliar a participação feminina no setor, permitindo que motoristas escolham atender apenas mulheres. Inspirada em experiências já testadas por algumas plataformas, a proposta pode posicionar São Paulo como referência nacional em mobilidade inclusiva e segura para mulheres.

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu um projeto de lei inovador que pode transformar a experiência de mobilidade urbana das mulheres na capital. De autoria do vereador Sargento Nantes (PP), a proposta determina que empresas de transporte por aplicativo disponibilizem a opção de escolha por motoristas do sexo feminino, sem custo adicional às passageiras.

A medida, se aprovada, tem como objetivo ampliar a segurança, reduzir riscos de assédio e garantir maior tranquilidade às usuárias do serviço. Dados recentes apontam a urgência de iniciativas desse tipo: segundo pesquisa nacional de 2024, 97% das mulheres brasileiras afirmam sentir medo de sofrer algum tipo de violência durante seus deslocamentos urbanos. O levantamento ainda revela que a cada 1,5 segundo uma mulher é vítima de assédio nas ruas do país.

Além de beneficiar as passageiras, o projeto também abre espaço para o fortalecimento da presença feminina no mercado de trabalho. Isso porque as motoristas cadastradas terão a possibilidade de optar por atender exclusivamente mulheres, caso desejem, o que pode incentivar mais profissionais a ingressarem nesse setor.

“Nosso compromisso é com a dignidade, a autonomia e o direito de ir e vir das mulheres paulistanas. São Paulo deve ser protagonista em políticas urbanas que enfrentem a desigualdade e promovam segurança”, destacou Nantes ao justificar a proposta.

A iniciativa dialoga com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) e reforça compromissos internacionais de combate à violência de gênero. Vale destacar que soluções semelhantes já vêm sendo testadas em caráter experimental por algumas plataformas de transporte, mostrando que a ideia é viável do ponto de vista tecnológico e operacional.

Se aprovada, as empresas terão 120 dias para se adequar à nova legislação. A expectativa é de que a proposta encontre apoio no Legislativo, dado o impacto positivo que pode gerar tanto na vida das passageiras quanto no fortalecimento da confiança no sistema de transporte por aplicativo.

Com a medida, São Paulo dá um passo importante para se tornar referência nacional em políticas inclusivas e de segurança para mulheres no espaço urbano.

 

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